500 animais morrem em menos de 4 anos em zoo na Inglaterra

500 animais morrem em menos de 4 anos em zoo na Inglaterra
Urso do South Lakes Safari Zoo, em Cúmbria, na Inglaterra (Safari Zoo/Divulgação)

Cerca de quinhentos animais morreram em menos de quatro anos no zoológico South Lakes Safari, na Inglaterra, segundo um relatório feito por inspetores sobre as condições da instituição. O documento foi elaborado pelo conselho que monitora os parques zoológicos da Inglaterra para a renovação da licença da instituição. Devido aos resultados, especialistas e ativistas pedem que o zoo seja fechado.

De acordo com o relatório, divulgado nesta semana pelo Barrow Borough Council, revelou que 486 animais tiveram a morte causada por inanição, hipotermia (quando a temperatura corporal cai a níveis perigosos), acidentes e outras causas entre dezembro de 2013 e setembro de 2016. Nesse período, uma tartaruga africana chamada Golias morreu eletrocutada na cerca elétrica e o corpo de um macaco foi encontrado em decomposição. Em 2015, dois leopardos das neves, chamados Miska e Natasja, foram encontrados parcialmente devorados em suas jaulas e, no mesmo ano, duas girafas morreram em um espaço de menos de nove meses, uma por infecção gastrointestinal e outra sofreu eutanásia – um dos veterinários afirmou que ela estava extremamente malnutrida.

Em junho do ano passado, o zoológico recebeu uma multa de 255 libras (que corresponde a cerca de 1.000 reais) por violações nas condições de saúde e segurança do local depois que uma tratadora de 24 anos morreu ao ser atacada por um tigre-de-sumatra.

Zoológico pode ser fechado

Relatórios anteriores já pediam que o zoológico aprimorasse as instalações e condições dos animais e dos profissionais do parque. O último documento foi entregue por inspetores para servir de base à decisão do conselho sobre a renovação da licença da instituição, em reunião em 6 de março. O zoológico recebeu uma licença em 2010, válida por seis anos. Em janeiro de 2016, o fundador do parque, David Gill, pediu a renovação, que foi negada em julho. Segundo a decisão do conselho, Gill não era a pessoa “adequada” para dirigir o South Lakes Safari. Mas, de acordo com a lei, se o responsável pela instituição fizer um novo pedido, o parque não poderia ser fechado.

South Lakes Safari Zoo, no Reino Unido (Jon Granger/Reprodução)

A Sociedade de Proteção de Animais Cativos, grupo inglês de proteção animal, pediu que o conselho rejeite a renovação. Segundo Maddy Taylor, membro da instituição, o zoológico não está fazendo um trabalho de conservação dos animais, mas matando espécies ameaçadas sem necessidade.

Em um comunicado no Facebook postado nesta terça-feira, a companhia Cumbria Zoo Limited, que afirma operar o South Lakes Safari desde janeiro de 2017, afirma que está comprometida com os preceitos de bem-estar animal e que providencia ambientes que suprem todas necessidades dos animais.

Fonte: Ariquemes Online

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