AM: Aves foram a maioria entre os animais recebidos pelo Cetas do Ibama em 2016

AM: Aves foram a maioria entre os animais recebidos pelo Cetas do Ibama em 2016
Foto: Márcio Silva

As aves foram a maioria entre os animais recebidos pelo Cetas do Ibama no ano de 2016, de acordo com relatório do órgão. No total, foram 84 aves (47% do total), 58 mamíferos (33%) e 36 répteis (20%). Ainda segundo o relatório, 72% dos animais recebidos no ano passado vieram de outros órgãos  habilitados, enquanto 23% foram de entrega espontânea da população e apenas 4% foram apreendidos em ações do Ibama.

Os meses de novembro a dezembro registram, historicamente, os maiores índices de resgate de animais, de acordo com o Ibama.

Os dados de resgates realizados pelo Instituto de Proteção Ambiental do  Amazonas (Ipaam) revelam que, só nos primeiros quatro meses deste ano, 191 animais foram resgatados pela Gerência de Fauna do órgão. Em todo o ano passado foram 510; em 2015 foram 602 e em 2014 foram 517.

A maior parte dos animais resgatados, segundo o gerente de Fauna do Ipaam, Marcelo Carvalho, são devolvidas à natureza, mas uma parcela precisa ser encaminhada aos Cetas.

Para ele, a localização da cidade, cercada por áreas verdes, e a expansão urbana, contribuem para o aumento no número de animais resgatados na área urbana. “Além disso ainda tem a cultura da população em criar esses animais. Normalmente o resgate ocorre porque o animal foge da casa do criador clandestino. E ainda tem a pressão do comércio informal ilegal”, analisou.

Outra preocupação dos órgãos ambientais é com as rotas de tráfico de silvestres da fauna amazônica, apontou Carvalho. “Já identificamos alguns animais saindo daqui via correio, mas ainda estamos levantando os dados sobre essa prática, que está sendo investigada. São animais sendo levados daqui para o Sudeste, principalmente cobras e quelônios comercializados clandestinamente no mercado pet nacional. A quantidade ainda não é, assim, o que se pode dizer que é uma rota, mas pode vir a ser, por isso precisa coibir logo. É um mercado que cresce muito rápido”.

Os passarinhos são uma exceção à regra quando o assunto é destinação nos Cetas. É que no Amazonas existem aproximadamente 1,8 mil criadouros amadores credenciados, mil deles só em Manaus, que, em caso de apreensões de pássaros, podem receber os animais temporariamente. A mesma sorte não têm os psitassídeos (foto), que ficam nos Cetas à espera de vagas em zoos e criadouros

Por Mônica Prestes

Fonte: A Crítica

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