Aposentada faz empréstimo para pagar tratamento de cadela com câncer de mama

Aposentada faz empréstimo para pagar tratamento de cadela com câncer de mama
Aposentada faz empréstimo para arcar com tratamento de cadela (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A cadela Lili tem 10 anos e enfrenta uma das doenças mais temidas entre as mulheres e que está se tornando comum nos animais: o câncer de mama. A aposentada Maria Luzinete, moradora de Palmas, diz que descobriu que o animal de estimação tinha um tumor há três anos. Para arcar com o tratamento e a cirurgia de retirada da mama, ela fez empréstimo de R$ 4 mil e até promessa para que o animal resistisse à cirurgia.

Quando a aposentada percebeu que havia um caroço na mama da Lili, ela não sabia que poderia ser câncer. Mas o que era pequeno, cresceu ela resolveu procurar ajuda. “Surgiu aquele carocinho pequenininho e foi crescendo e crescendo. Ficou grande, com mais ou menos 1kg’. A bichinha estava sofrendo demais”, conta.

Em agosto, Lili passou por cirurgia e está melhor agora. “Fiz até promessa para que ela não tivesse nada”. Isso porque o amor da aposentada pelo animal é grande. Lili a acompanha por mais de uma década.

A cadela superou uma etapa do tratamento, mas vai ter que passar por uma nova cirurgia para retirar outro tumor. “A gente fica com medo, mas com fé em Deus e Nossa Senhora vai dar certo”, afirma.

É para alertar os donos de pets, como a aposentada Maria, que estudante e professores de uma faculdade particular em Palmas, realizam neste mês a campanha Outubro Rosa Pet. O objetivo é informar sobre o câncer e orientar os donos a fazerem o exame nos animais.
Seis professores e 20 estudantes participam da ação. Segundo a professora e médica veterinária, Thuanny Lopes, o câncer de mama é o tumor mais frequente entre as cadelas e o terceiro entre as gatas. A doença é mais comum entre animais idosos e com obesidade.
“As causas do câncer de mama, assim como nas mulheres, é multifatorial. Está associada a alimentação, ao fato de esses animais chegarem a idade adulta e principalmente aos fatores hormonais”.

Estudantes e professores realizam a campanha Outubro Rosa Pet, em Palmas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Estudantes e professores realizam a campanha Outubro Rosa Pet, em Palmas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A principal prevenção é a castração do animal. “Estudos mostram para a gente que quando a castração é feita antes do primeiro cio, as chances de que essa paciente desenvolva tumor na fase adulta diminui para cerca de 1% e quando a castração é feita depois do segundo ou terceiro cio, as chances aumenta para cerca de 25%“.

Assim como em humanos, é importante identificar a doença o mais cedo possível. E os tutores podem fazer o exame básico em casa. “A gente apalpa toda a cadeia mamária. Nas cadelas, são cinco pares de mamas e nas gatas, são quatro. A gente apalpa com muita delicadez para ver se acha o nódulo”, explica a universitária Juliana Lima.

O animal que tem câncer deve fazer a retirada de todas as mamas. Se o tumor for maligno, o bichinho terá que passar por quimioterapia. “A quimioterapia é um pouco agressiva em cães, mas nem tanto quanto nos humanos. Eles sentem menos, nos cães é mais fácil. Eles sentem menos a cirurgia, sentem menos a quimioterapia. Alguns animais chegam a cair o pelo, mas não é comum, geralmente eles aceitam muito bem o tramento”, explica a veterinária Aparecida Dallacqua.

Fonte: G1


Nota do Olhar Animal: O outubro não será nada ROSA para os animais com câncer de mama cujos tutores dependem do serviço público. Ao menos em São Paulo. Os hospitais veterinários públicos NÃO realizam cirurgias de câncer de mama. A USP, que pratica preços mais acessíveis, também não faz o procedimento.

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