Ar-condicionado pode prejudicar sistema respiratório dos animais de estimação
Quem mora no Amazonas sabe que existem duas estações: calor e mormaço. Brincadeiras à parte, por conta desse clima tropical e úmido, dificilmente alguém consegue morar na região sem usar ar-condicionado, pelo menos, na hora de dormir. Porém, o que poucos sabem é que a baixa temperatura aliada ao ar seco pode causar danos sérios aos animais de estimação.
“Ele gera um resfriamento mais rápido do ambiente que pode ser muito agradável no calor intenso, porém, é preciso ter cuidado com os nossos peludinhos. Uma das características comuns do ar condicionado é a desumidificação do ambiente, que pode causar ressecamento das vias aéreas, como nariz e garganta”, explica a médica veterinária Camila do Valle Justa, 29.
De acordo com a especialista, além acarretar incômodos na respiração, existe o risco de que os cães, gatos e, principalmente, roedores fiquem mais vulneráveis a doenças sérias. Por isso, o ideal é que nem durmam no quarto climatizado. “Essa exposição pode deixar o animal mais susceptível a vírus e bactérias, causando transtornos respiratórios mais graves com o tempo, como bronquites e pneumonias”, alerta.
Susto e internação
Aline Costa, 22, teve um problema com a gata Bella, que sempre dormiu no quarto, onde a temperatura do ambiente durante a noite ficava sempre em 18 graus. Um dia, a vira-lata começou a tossir, com falta de ar e assustou a universitária. “Fiquei desesperada, achando que ela ia morrer na minha frente. Cheguei ao veterinário e descobri que ela estava quase com pneumonia”, lembra.
Recomendações
– Mantenha o pet em locais ventilados e de piso frio;
– Ofereça uma bacia de água para ele (cachorro) brincar;
– A temperatura do aparelho em 24 graus é suficiente;
– Não deixe o animal molhado entrar em local climatizado;
– Mantenha o animal hidratado, com água fresca;
– Existe no mercado uma variedade de tapetes térmicos para baixar a temperatura do animal no calor;
– Não dormir no ar condicionado, mesmo que seja debaixo das cobertas.
Por Natália Caplan