Ativistas criticam atendimento do CCZ e volta da carrocinha em Montes Claros, MG

Ativistas criticam atendimento do CCZ e volta da carrocinha em Montes Claros, MG
Cachorra que a protetora Amanda tentou resgatar/ Arquivo Pessoal

Há uma semana um movimento ganhou destaque nas redes sociais. As organizações protetoras de animais têm reclamado a maneira como o Centro de Controle de Zoonoses, de Montes Claros, está atuado na cidade. 

Tudo começou, nesta segunda-feira (22), quando Amanda Cosenza, foi ao centro tentar recuperar uma cachorra e não conseguiu. Ela informou que o animal estava com um adesivo na testa mostrando que tinha acabado de sair do petshop.

“Avisaram-me que a carrocinha estava pegando alguns cachorros na Rodoviária, onde eu cuido deles. Quando eu cheguei ao centro, vi a cachorra da foto e reconheci-a das redes sociais, que vi que estava sendo procurada. Tentei resgatá-la e não consegui, o veterinário não autorizou a saída”, explica Amanda.

Sobre a recuperação, o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Luís Osmane Rocha, explica que é possível.

“Depois da castração, os cães são liberados para onde foram recolhidos. Os donos podem recuperar, após passar pelo processo de exames, vermifugação, chipagem e castração”, esclarece.

As protetoras reclamam ainda, de agentes do CCZ que têm ido às casas buscar alguns cachorros.

“É o trabalho de rotina, casa a casa. Entramos na casa, tiramos sangue da orelha do cachorro para fazer um dos exames, dentro de 15 minutos, se for positivo, fazemos o segundo exame para ter certeza. Se o cão apontar ter a doença, retornamos ao local para pega-lo. O dono precisa entregar, mas se não quiser, não forçamos, ele assina um documento que o exame foi feito e deu positivo, mas ele recusou a entregar, nos eximindo de qualquer responsabilidade”, explica Luís.

Aline Matos, protetora há dez anos, reclama da atuação do CCZ, sobretudo do uso da carrocinha.

“Desde 2012 nós conseguimos parar a carrocinha e desde então ela ficou desativada. O CZZ achou uma brecha na lei e está recolhendo e matando os animais positivos à doença. A nossa indignação é que o centro ficou todo esse tempo sem rodar com a carrocinha e agora ele retorna com o uso. E nós protetores tentamos levantar fundos para realizar a castração de alguns, porque sabemos que o problema é muito grande”, desabafa Aline.

O coordenador do centro, entretanto, afirma que a informação não é verdadeira, que a carrocinha sempre atuou em Montes Claros.

Fonte: Web Terra

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