Ativistas denunciam maus-tratos a capivaras em São Paulo

Ativistas denunciam maus-tratos a capivaras em São Paulo
Capivara com aro no corpo causando ferimento.

Há meses, diversas pessoas vem procurando as autoridades ambientais para denunciar uma manada de capivaras que se reproduz em toda a extensão da avenida Marginal Pinheiros, tanto no sentido bairro quanto no sentido oposto de São Paulo capital – próximo ao prédio da Nestlé.

Até mesmo médicos veterinários têm denunciado ao GECAP (Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e Parcelamento Irregular do Solo), uma vez que há animais feridos, como é o caso de uma capivara presa a um aro de ferro com cortes profundos em seu corpo.

Com total descaso ao meio ambiente, os animais ao entorno do rio vivem em meio ao lixo e a todo tipo de contaminações. Tartarugas também foram vistas em meio aos entulhos.

Os ciclistas, Anderson Mendes e Roberta Godinho, flagraram imagens alarmantes de animais cegos, emaranhados em cordas, com a região do abdômen aberta e até mesmo sendo devoradas vivas por urubus.

Uma ativista pelo Direito dos Animais, Thalita do Valle, faz um apelo as autoridades e alega já ter ligado para todos os órgãos possíveis, como Guarda Municipal, Delegacia do Meio Ambiente, Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros; e que, inevitavelmente, um passa a responsabilidade para o outro.

Outras pessoas que preferem não se identificar, alegam que vêm denunciando desde julho e apesar das autoridades prometerem fazer o resgate no outro dia, até agora nada foi feito. Segundo o tatuador e ativista, Allan Carlos Nascimento, que já usou sua página no Facebook para manifestar repúdio, isso já vem se protelando há meses ou até anos.

Para advogada Barbara Hartmann, especialista em Direito dos Animais, as capivaras são animais do ambiente silvestre, devem ser resguardadas e preservadas, uma vez que são protegidos pela Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998; portanto, o descaso para os evidentes maus-tratos pode incorrer em sanções de Improbidade Administrativa à gestão.

Os ativistas temem que, se o governo de São Paulo não tomar medidas urgentes para realocação dos animais em um local seguro e adequado ao seu bem estar, tenham eles mesmos que fazer o resgate.

Biólogos alertam a necessidade não só da devida realocação dos animais, mas que seja feita uma limpeza no entorno do rio e sinalizações para os ciclistas da Ciclo Faixa não joguem objetos no local.

Por Luh Pires

Fonte: Olhar Animal

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