Bisão selvagem é visto na Alemanha após 250 anos, mas é morto por caçadores

Bisão selvagem é visto na Alemanha após 250 anos, mas é morto por caçadores
Os bisões são classificados como “vulneráveis” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (Foto: Jonathan Fieber / WWF)

Pela primeira vez em mais de 250 anos um bisão selvagem foi avistado na Alemanha. O animal, classificado como “vulnerável” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), foi praticamente extinto durante o século XIX e, após programas de reintrodução, pequenas populações se espalharam pela Polônia, Lituânia, Bielorrússia, Rússia, Ucrânia e Eslováquia. Segundo o “The Local”, um espécime foi avistado em Lebus, cidade a 88 quilômetros de Berlim no último dia 13 e, por ordens da polícia, foi abatido por caçadores.

“O abate de um animal estritamente protegido sem uma ameaça potencial é um crime”, acusou Christoph Heinrich, chefe de conservação da natureza da ONG World Wildlife Fund, em comunicado. “Após mais de 250 anos um bisão selvagem é novamente visto na Alemanha e tudo o que as autoridades pensaram foi em matá-lo”.

A ONG pretende abrir um processo contra as autoridades locais, que ordenaram que o animal fosse abatido. Segundo Heinrich, além de o animal ser protegido, as autoridades locais não tinham competência para determinar o abate, o que cabe ao Ministério do Meio Ambiente.

O bisão que apareceu na Alemanha provavelmente vivia no Parque Nacional Ujście Warty, na Polônia, na fronteira entre os dois países, a cerca de 40 quilômetros de Lebus. Segundo a WWF, a espécie não apresenta ameaça a populações humanas e, dessa forma, não há argumentos que justifiquem o abate.

“O abate é infelizmente uma expressão da falta de preparo das autoridades, de como elas deveriam lidar com animais selvagens”, apontou Heinrich. “Existe uma falta de funcionários treinados na área. O ministro do Meio Ambiente deve tomar uma posição”.

O bisão é o maior herbívoro europeu e, historicamente, se espalhava por praticamente toda a Europa e o Cáucaso, mas no fim do século XIX apenas duas populações sobreviveram, na Floresta de Białowieża, na Polônia, e nas regiões montanhosas do Cáucaso Ocidental. Logo após a Primeira Guerra Mundial, a espécie foi extinta na natureza, mas espécimes em cativeiro foram utilizados em programas de reintrodução. Como resultado, existiam em 2006 (último dado disponível na IUCN) cerca de 1.800 bisões selvagens.

Fonte: O Globo


Nota do Olhar Animal: Enquanto os animais forem divididos entre o que podem ser mortos e os que não podem ser mortos, todos os bichos estarão ameaçados, inclusive estes, de espécies adoradas quase religiosamente por ambientalistas, que por outro lado desprezam os indivíduos em sua fria contabilidade populacional, até mesmo aqueles da espécie alvo de sua idolatria quando são considerados “excedentes”.

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