Cachorro resgatado de incêndio é agredido com paulada na cabeça, em Manaus, AM

Cachorro resgatado de incêndio é agredido com paulada na cabeça, em Manaus, AM
O quadro de saúde do animal é grave. Por conta da agressão, Skipe ficou com um coagulo na cabeça (Foto: Reprodução/ACrítica)

Um dos animais resgatados do incêndio do bairro Educandos, ocorrido no dia 17 de dezembro do ano passado, foi agredido na cabeça na tarde desse domingo (31), no Parque São Pedro, localizado no bairro Tarumã, na Zona Oeste de Manaus. O cachorro, chamado Spike, levou uma paulada na cabeça após fugir da casa onde vive atualmente. A tutora acusa um vizinho de ter agredido o animal.

Spike chegou na casa de Manilze Ferreira de Souva, de 44 anos, logo após o sinistro que afetou centenas de famílias em Manaus. Meses depois, o animal está passando por mais uma situação de risco, originada por volta das 15h de ontem.

“O cachorro nasceu na comunidade atingida pelo fogo. Após o ocorrido, trouxe o filhote para casa. Ontem, minha filha acabou saindo de casa para comprar algo e acabou deixando o portão aberto. Ele acabou fugindo e indo para a calçada desse vizinho. O Spike estava só cheirando o chão, mas o vizinho pegou uma tábua e meteu na cabeça dele”, relatou a dona.

Populares que presenciaram o crime contra o animal acionaram a polícia e o agressor precisou levar o cachorro para um veterinário. “A polícia fez o vizinho levar o cachorro para o veterinário, mas o animal ficou com um coagulo na cabeça e não está reagindo aos medicamentos. O quadro dele é grave”, lamenta Manilze.

A dona lembra que este mesmo vizinho já tinha ameaçado de matar o animal. “Teve uma ocasião que o cachorro estava brincando na rua com a minha filha e neta. O neto desse vizinho ficou assustado com o Spike e ele foi bater na minha casa, dizendo que se aquilo voltasse a acontecer, mataria o animal. Mas ontem, o Spike só estava farejando na frente da casa dele, como todo cachorro faz quando foge. Ao encontrar o animal, ele deu a paulada. O Spike é brincalhão, vive lambendo os outros”, comenta a tutora do animal. 

Um Boletim de Ocorrência foi registrado sobre o caso no 20º Distrito Integrado de Polícia (DIP). A tutora pede que a Justiça seja feita e o agressor pague pelo o que fez com o animal. “Ele já faz parte da nossa família. Minha neta, que é autista, ama este cachorro e começou a desenvolver atividades ao lado dele. Denunciamos este caso, porque não queremos que fique impune. Se este meu vizinho faz isso com um filhote, que é totalmente indefeso, imagina o que ele faz com nós, seres humanos”, completou.

Por Amanda Guimarães

Fonte: A Critica 

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.