Cavalo morre enforcado ao tentar beber água no Córrego da Onça, em Três Lagoas, MS

Cavalo morre enforcado ao tentar beber água no Córrego da Onça, em Três Lagoas, MS
Cavalo teria despencado de uma altura de aproximadamente, quatro metrosCavalo teria despencado de uma altura de aproximadamente, quatro metros (Foto: Matheus Siqueira/ JPNEWS)

Um cavalo morreu, supostamente, por enforcamento, ao tentar beber água no Córrego do Onça, no bairro Santa Rita, em Três Lagoas. O animal estaria sem água há dias e, preso a uma corda, tentou descer o barranco para aliviar a sede. A denúncia foi feita por moradores, na tarde desta quinta-feira (19), após acionaram três órgãos públicos, porém, sem retorno. Temendo o mau cheiro proveniente da carcaça, os vizinhos reclamaram ainda que, frequentemente, a área é utilizada para descarte de outros bichos mortos, como cães e gatos.

O cavalo estava amarrado juntamente a outro que, muito magro, aparenta maus-tratos e desnutrição. O entorno do córrego é de barranco, em altura de quatro metros, aproximadamente.

O tutor teria constatado a morte do bicho logo pela manhã e, segundo relatos de testemunhas, cortou a corda e abandonou o local. “Esta é a segunda vez que um cavalo morre desta forma, neste local. O dono os utiliza para competição, e raramente conversa com os vizinhos. Acha ruim se falamos alguma coisa a respeito”, disse um morador e dono de um comércio na rua Maria Guilhermina Esteves, que preferiu não se identificar.

“Ligamos para a Prefeitura, a Polícia e ao Centro de Zoonoses. Todos disseram que no momento não poderiam fazer nada a respeito e um ‘empurrou’ para o outro. O problema será amanhã, quando o cheiro começar a ficar forte. Sempre sofremos com isso. Frequentemente, jogam gatos e cachorros mortos e o fedor invade até as residências”, continuou.

Para o lavador Welington da Cunha Soares, 19, o problema não é só o abandono da carcaça do cavalo. “O pessoal não pensa que o animal é igual a um ser humano. Precisa beber água, várias vezes por dia. Não é só amarrar e largar aí. É um absurdo. Pegou para criar, tem que cuidar. Não merecem ser maltratados. Vemos a molecada bater e judiar sempre deles”, lamentou.

Outro Lado – De acordo com a Direção Municipal de Comunicação, a responsabilidade da coleta do animal morto é do município e prometeu providências e enviou nota explicativa. “Devido ao horário, o serviço deverá ser realizado na manhã de sexta-feira. O Decreto Federal 6.514 regulamenta a disposição irregular de resíduos e o artigo 62 prevê multa de R$ 5 mil, em caso de flagrante ou de apuração de denúncia. No caso de maus-tratos a animais, o artigo 32 da lei 9.605 prevê que, em situações de abuso ou mutilação e morte de animais domésticos, poderá haver detenção de três meses, além de multa. A Prefeitura vai apurar as causas da morte do cavalo, juntamente com a Polícia Militar Ambiental, bem como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócios”, informou.

Fonte: JPNEWS


Nota do Olhar Animal: O triste é constatar que, pela que a notícia original dá a entender, parte das pessoas não se importou com os maus-tratos contra o animal e sim apenas com a possibilidade do mau cheiro. Infelizmente isso é comum, tal qual vizinhos reclamando não pelo sofrimento de um cão, mas pelos latidos ou pelas condições de higiene do local onde ele se encontra. É uma vergonha.

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