Cavalos passam por programa de adoção em Porto Alegre (RS) e aguardam novo lar

Cavalos passam por programa de adoção em Porto Alegre (RS) e aguardam novo lar
Agentes da EPTC recolhem três cavalos abandonados no Bairro Santa Tereza (Foto: Sandro Robson/Divulgação PMPA)

Um programa de adoção desenvolvido em Porto Alegre tem ajudado cavalos vítimas de maus tratos a encontrarem um novo lar. A ideia é recuperar animais que estão abandonados nas ruas da capital, recuperar sua saúde e destiná-los a quem tenha interesse e condições de cuidar.

“Pode ser para montaria, pode ser para pastagem, para equoterapia”, explica o coordenador do abrigo de animais da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Tiago Oliveira.

O trabalho é realizado dentro do abrigo administrado pela EPTC, empresa responsável pela fiscalização do trânsito de Porto Alegre. No espaço, localizado no bairro Lami, no extremo Sul do município, 32 cavalos aguardam por adoção atualmente.

Antes de estarem prontos para adoção, no entanto, os animais passam por uma série de cuidados a serem definidos pelos profissionais que atuam no abrigo. Normalmente, os cavalos chegam feridos, desnutridos e com lesões na pele. A exemplo do Rabitcho, que não conseguia nem mesmo parar em pé.

“A gente levantava ele três vezes ao dia no guincho, tem umas presilhas que levantam ele e põem ele em pé. Ele urinava, defecava, tomava a água. A gente tirava o guincho e ele não se aguentava e deitava”, lembra a veterinária do abrigo Rita Caravalho.

Encontrado na via pública, abandonado, ele precisou passar por uma série de atividades durante 15 dias para recuperar sua saúde.

“Quando ele começou a se firmar, após a alimentação e a fluidoterapia, ele começou a se firmar nas patas, daí a gente retirou o guincho”, explica a veterinária.

Em março de 2017, uma lei que proíbe a circulação de carroças e carrinhos no trânsito da capital gaúcha entrou em vigor. Desde então, os veículos foram apreendidos ou entregues espontaneamente à EPTC. Todos eles eram puxados por cavalos, a maioria deles em estado de maus-tratos.

O abrigo tem recolhido esses animais das ruas, já que muitos foram abandonados pelos donos, na intenção de proporcionar uma vida mais sossegada a eles.

“A gente sempre diz que o cavalo tem que sair daqui e ir para uma aposentadoria, um descanso merecido”, brinca Tiago.

Saiba como adotar

Quem deseja e tem condições de adotar deve entrar em contato com a EPTC através do e-mail: [email protected]. O candidato precisa passar por uma entrevista rigorosa. Os agentes também vistoriam o local onde o animal vai viver. A cada seis meses, são feitas novas fiscalizações.

“Precisa ter um local, um sítio, que ele possa levar. Ele passa pela intenção da adoção, a gente vai verificar se ele tem a condição e o local adequado, depois ele assina um atestado dizendo que o animal jamais vai ser usado em tração, em carroça, em nenhum tipo de trabalho, ressalta o responsável pelo abrigo, Denisio Pires Correa.

“Depois da adoção, ele é um animal de estimação que nem outro animal de estimação, que tem que receber tratamento veterinário, auxílio e nada, nada, nada, além de carinho e amor, que é o que eles merecem”, finaliza.

Fonte: G1


Nota do Olhar Animal: Ótimo que os animais sejam resgatados e cuidados. porém, deveriam ser esterilizados, aposentados e encaminhados a um santuário onde pudessem passar o resto de seus dias não sendo obrigados a realizar atividades de interesse dos humanos, não deles próprios.

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