Centro de triagem do Recife (PE) recebe média mensal de mais de 673 animais resgatados do tráfico

Centro de triagem do Recife (PE) recebe média mensal de mais de 673 animais resgatados do tráfico
Aves estão no topo do ranking de animais levados para o centro de triagem, em 2017 (Foto: Ascom/CPRH)

O Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangará), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), na Zona Norte do Recife, recebeu, entre janeiro e maio deste ano, 5.131 bichos. Isso significa que mais de mil aves, mamíferos, répteis e aracnídeos, além das espécies exóticas, chegaram ao espaço, a cada mês. Desse total, 3.369 foram resgatados de traficantes ou de comerciantes ilegais, o equivalente a 69% de todos os registros de entrada na unidade. São mais de 673 atendimentos desse tipo, em média, a cada 30 dias.

Os outros animais enviados ao centro são alvo de entregas voluntárias. O número de entrada de animais no Cetas, nos cinco primeiros meses de 2017, é expressivo, quando se comparado com os dados de 2016. No ano passado inteiro, chegaram ao espaço 5.467 animais silvestres.

Em maio deste ano, o Cetas registrou o maior número de registro de animais novos, com 1.529 entradas. No mesmo período, 642 bichos ganharam a liberdade, depois de passar por um processo de adaptação para reintrodução à natureza. De Janeiro até os primeiros dias deste mês, ocorreram 107 operações de soltura de animais silvestres.

As aves estão na liderança do ranking de animais entregues ao Cetas. Em maio, foram 1.377. Segundo a CPRH, muitas são visadas pelo tráfico.

Em segundo lugar, estão os mamíferos, com 51 entregas. Deram entrada também 69 répteis e 32 bichos classificados como exóticos, como a calopsita, opor exemplo.

No levantamento dos cinco primeiros meses do ano, dos 5.131 que entraram, 4.500 foram aves, 268 mamíferos, 323 répteis, 36 exóticos e 4 aracnídeos.

De acordo com a CPRH, a área de maior tráfico é a Região Metropolitana do Recife. Os casos ocorrem principalmente nas feiras livres.

Tratamento

O Cetas funciona desde março de 2016 numa área de 2,6 hectares que fica no bairro da Guabiraba, no Recife. É para lá onde são encaminhados os animais silvestres vítimas de acidentes e os resgatados, além dos muitos que são vítimas do tráfico, apreendidos em operações de fiscalização da própria CPRH e/ou de órgãos e entidades parceiras.

Lá eles são cuidados e preparados para serem, posteriormente, devolvidos aos seus habitats naturais, em áreas de solturas do Estado monitoradas pela Agência.

Cartazes foram colocados no Aeroporto do Recife (Foto: Ascom/CPRH)

Alerta

A CPRH, em parceria com a Polícia Federal, lançou uma ação para alertar a população para o tráfico de animais silvestres. Banners, com versões em português e inglês, estão sendo divulgados pela PF em postos do interior e em áreas do Aeroporto Internacional Gilberto Freyre/Guararapes, no Recife.

As peças alertam que o tráfico é um crime federal. Elas mostram imagens de animais silvestres enjaulados (macaco, papa-mel, aves e papagaios), e também recados: “Você concorda com isso?. Nós também não!”.

As denúncias sofre tráfico de animais silvestres podem ser feitas em qualquer unidade da Polícia Federal ou pela internet. Outra opção é procurar a CPRH, no portal. O telefone da Ouvidoria Ambiental é 3182-8923. O e-mail é [email protected].

Fonte: G1

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