De gato a porca de 200 quilos, bombeiros de MG resgatam quase 2 mil bichos em quatro meses
O tenente Pedro Aihara e outros 19 homens do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais trabalharam por quase seis horas na tentativa de tirar um gato de uma árvore de quase 17 metros de altura no bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
“Nós tentamos primeiro com uma escada. Depois com uma viatura com plataforma elevatória. O tempo foi passando e cada vez mais guarnições foram chegando para participar do resgate. Infelizmente tivemos que descer porque o trabalho já comprometia a nossa integridade física. Nunca soube o que aconteceu com aquele gato”, disse o tenente.
Entre janeiro e abril deste ano, o Corpo de Bombeiros resgatou 1.934 animais em todo o estado. “É bom deixar claro que nós trabalhamos com prioridades. Caso haja homens disponíveis e nenhuma outra ocorrência de maior gravidade, os bombeiros têm prazer em ajudar as pessoas que ficam aflitas ao verem seus bichinhos em situação de risco”, disse o tenente.
Fabiana Gabriela sofreu esta aflição. O gato dela, Toreto, que chegou a ficar desaparecido por cinco dias, foi encontrado no dia 5 de junho no alto de uma árvore perto de sua casa em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desesperada por não conseguir fazê-lo descer, Fabiana chamou os bombeiros.
“Eu achava que eles nem atendiam um caso assim. Aí quando liguei a atendente disse que poderia demorar um pouco porque dependia de outras ocorrências, mas até que foi rápido. Eu fiquei emocionada com o trabalho deles. Até chorei. Foi um alívio”, disse.
Gatos e cães são as vítimas mais comuns que são salvas pelos bombeiros. Porém, os militares têm que estar preparados pra resgatar qualquer tipo de animal. Em maio deste ano, uma porca com cerca de 200 quilos caiu em uma fossa em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e os tutores chamaram os bombeiros. O animal precisou ser içado. No dia 7 de junho, uma jiboia com cerca de um metro de comprimento apareceu em uma casa no bairro Serrano, na Região da Pampulha.
“Nós estamos prontos para todo tipo de evento. Confesso que não sei dizer o número de resgates de animais que já fiz. Mas um bem curioso foi quando tivemos que quebrar uma parede para tirar um gato que tinha literalmente entrado pelo cano”, brincou o tenente Aihara. “Ele estava bem assustado. Cortamos o cano com todo o cuidado e o salvamento foi bem-sucedido. Nosso trabalho é ajudar, sejam as vítimas pessoas ou animais”.
Por Thais Pimentel