Evely Libanori

Evely Libanori

Apoio o fim da exploração animal 

Os animais merecem o mesmo tratamento ético que dispensamos aos seres humanos. Devemos respeito a eles. Não temos o direito de pensar que eles são propriedade nossa. Não há justificativa moral para a prisão, tortura e morte dos animais. As pessoas não têm ideia do inferno que são os criadouros e os abatedouros, ainda mais quando se trata de criação intensiva. O tratamento dispensado aos animais nos laboratórios de pesquisa, zoológicos, circos, criadouros, abatedouros é cruel. Os animais sofrem muito mais do que as pessoas imaginam. E, ainda que os animais fossem bem tratados até a morte, eu seria contra o uso deles. Cuidar de uma vaca para, depois, esfaquear o seu coração, esfolar e esquartejar seus ossos é tratar bem? Não há saída. Não há jeito de explorar os animais e ser bom para com eles.
 
A verdade é que parar ou continuar com a exploração dos animais é escolha de cada pessoa. Embora parar devesse ser um dever ético de quem se põe no lugar do outro em que corre sangue nas veias. Pode-se continuar do lado da tradição moral especista e cruel, e pode-se romper essa tradição. A posição abolicionista pensa que a prisão, a tortura e a morte de um ser senciente são práticas imorais e covardes, seja ele humano, seja não humano.
 
Chega uma hora que não dá mais para pactuar com a exploração. Precisamos olhar debaixo do tapete para onde a indústria animal varre a sujeira do processo de criação e morte dos animais. Se, nesses momentos, a pessoa não se importar, nem ligar para isso, ok, que siga com sua vida. Mas há aqueles que se importam, que gritam ou sufocam o grito interno diante das atrocidades que a cultura especista pratica com os animais. Há aqueles que, diante do conhecimento daquilo que é feito aos animais, mudam seus hábitos e pensamentos. Então, o jeito é continuar falando, escrevendo. Para ser a voz dos animais e chegar aos corações e mentes que se importam.
Evely Vânia Libanori
educadora e escritora, Maringá, PR, Brasil

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