Filhote de macaco que comia bolacha e pirulito em cativeiro tem dificuldades para se adaptar

Filhote de macaco que comia bolacha e pirulito em cativeiro tem dificuldades para se adaptar
Macaco apresentou dificuldades para se adaptar à nova dieta (Foto: Ney Carneiro/Naturatins)

Um filhote de macaco foi entregue voluntariamente ao Instituto de Natureza do Tocantins (Naturatins), em Palmas. Mas um detalhe chamou a atenção dos profissionais. O filhote de bugio-preto, espécie primata do gênero Alouatta, ficou nove meses em cativeiro comendo bolachas, pirulitos e arroz, todos considerados inadequados. Por causa disso, ele teve dificuldades para se adaptar à nova dieta.

Segundo o instituto, a espécie foi mantida em observação sob cuidados médicos-veterinários e apresentou dificuldades de se acostumar à nova alimentação adequada para a espécie. Nas primeiras horas, ele rejeitou as comidas que eram oferecidas a ele, aceitou apenas a maçã. Ainda conforme o Naturatins, o macaco estava totalmente assustado, com a quebra de rotina e saída do ambiente que estava vivendo.

O animal foi entregue ao Naturatins na última quarta-feira (3) e foi levado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres em Araguaína onde passará por readaptação. A supervisora de Fauna do Instituto, Grasiela Pacheco, disse que o animal correu riscos até porque foi transportado de um estado para o Tocantins, durante a mudança da pessoa que o manteve em cativeiro. O nome não foi informado.

“A pessoa entregou por medo de ser denunciada. Ou seja, ao invés da pessoa pegar o animal na natureza e entregar ao órgão ambiental, que vai saber cuidar desse bichinho, com os cuidados sanitários e nutricionais adequados, decisivos ao animal nessa fase da vida, a pessoa ficou com ele e ainda correu um risco enorme ao transportar de um estado para outro, porque acaba de chegar de mudança”, relatou.

O Naturatins reforçou que caso um morador encontre um animal, deve rapidamente entregá-lo ao órgão ambiental. Grasiela também argumentou que macacos não transmitem febre amarela. Mas os bugios são muito sensíveis e não resistem a doença. Assim que são infectados pelo mosquito morrem e servem de alerta para população humana, que o vírus está circulando na região.

Filhote passou nove meses em cativeiro e foi entregue ao Instituto de Natureza do Tocantins (Foto: Ney Carneiro/Naturatins)

Fonte: G1

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