Instituto resgata 51 cágados, um jacaré e um frango d’água no PI

Instituto resgata 51 cágados, um jacaré e um frango d’água no PI
Cágado de barbicha resgatado pelo Instituto Cabar (Crédito: Ana Cláudia Santos)

O Instituto Cágado de Barbicha (Cabar) resgatou 51 cágados, um jacaré e um frango d’água, que devem ser devolvidos à natureza neste sábado (10). Os animais foram resgatados nas zonas Leste e Norte de Teresina.

Dos 51 cágados resgatados, 11 já foram devolvidos à natureza. Os outros 40 serão devolvidos junto com o jacaré e o frango d’água. “Infelizmente não temos apoio e nem sede fixa, então todos esses animais estão na minha casa. É importante frisar que foi feita a medição do casco e identificamos o sexo de cada, a chamada morfometria”, explica Jacqueline Lustosa, presidente do Instituto.

Cágados resgatados (Crédito: Ana Cláudia Santos)

Sobre os cágados, que são comumente encontrados na Avenida Boa Esperança, Jacqueline atenta aos riscos de extinção da fauna natural da região. “Estamos perdendo bastante aquela fauna por conta dos atropelamentos. Antigamente, nós víamos cágados desde o Iate Clube, mas eles acabaram”, pontua a ambientalista.

Jacqueline Lustosa, presidente do Instituto Cágado de Barbicha (Crédito: Ana Cláudia Santos)

Por isso o Instituto Cabar clama aos órgãos competentes que sejam construídos túneis de acesso para que os animais possam atravessar a Avenida Boa Esperança com segurança. Como eles possuem o casco escuro, muitos motoristas nem percebem que eles estão na pista.

A Prefeitura de Teresina informa que os túneis serão contemplados dentro do Projeto Lagoas do Norte, mas enquanto o benefício não vem, é necessário que os motoristas tenham um cuidado redobrado ao atravessar aquela região.

Jacaré foi resgatado na zona Leste

Um jacaré foi resgatado na manhã desta quarta-feira (7) em uma residência no Jóquei. É um filhote de 60 a 70 cm, mas com uma mordida que já causa estrago. Segundo estimativa de Jacqueline Lustosa, o bicho deve ter até quatro meses de idade.

“A pessoa me chamou e o bichinho já estava lá, mas ele não machucou ninguém. Ele estava na garagem, e foi fácil o resgate. Joguei um pano nele e peguei pelo pescoço. Quando é um grande, é preciso usar um cambão e da ajuda de alguém. Mas quando é pequeno é mais fácil”, explica.

Jacqueline frisa que parea realizar o resgate é necessário técnica e experiência. “Tem muita gente encontrando cobra, pegando e postando nas redes sociais. E os répteis são muito ágeis. É preciso ter muito cuidado para ninguém sair ferido. Nem o animal, nem quem o resgata”, frisa.

Animais são comumente encontrados no Jóquei

De acordo com Jacqueline Lustosa, o Jóquei está repleto de animais silvestres. “Pedi à Secretaria de Meio Ambiente para confeccionar placas de animais silvestres na região urbana. Tem iguanas, soins e muitos animais. Canso de pegar iguana na Dom Severino e vejo soins em rede elétrica, que é um perigo”, conta.

Aves silvestres também são comuns na região. “Já vi um ninho de canário-da-terra, em um posto de gasolina. No shopping tem uma família de curicas. Por falta de espaço eles estão por aí vagando”, lamenta.

Por Lucrécio Arrais

Fonte: Meionorte

 

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