Jumento resgatado da rua em Quixadá (CE) acaba morrendo, mas causa não foram os maus tratos
A polêmica em torno de um jumento encontrado caído em uma rua do bairro São João, em Quixadá, continua nas redes sociais. Na noite deste domingo (25) o animal acabou morrendo no Centro de Zoonose da cidade, apesar de ter sido resgatado na noite da última quinta-feira (22) por uma equipe da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma) e receber cuidados veterinários.
O jumento foi resgatado para o Centro de Zoonoses de Quixadá e mesmo recebendo cuidados acabou morrendo
A prefeitura de Quixadá informou que o animal apresentava uma hemorragia anal. Todavia, de acordo com os exames preliminares, não havia sinais de fratura nas patas dianteiras, característicos de maus tratos, atribuídos ao tutor do jumento. O animal pode ter caído na rua já por estar debilitado. Para informar com precisão a causa da morte serão necessários exames mais complexos.
O tutor do animal, que pediu para não ter o seu nome revelado, informou ao Diário do Nordeste que estava tratando o bicho no seu curral e pretendia utilizá-lo nos afazeres rurais, vez que é agricultor. Havia recebido o jumento há cerca de 15 dias, do dono de uma fazenda, para quem trabalha. O bicho estava com fome e com sede, decidiu então cuidar dele, inclusive o transportando em uma carroça até o seu estábulo.
O agricultor ainda informou que quando o animal se soltou do curral ele ainda estava trabalhando na fazenda e só pode retornar no dia seguinte. Quando chegou soube do resgate efetuado para o Centro de Zoonose de Quixadá e da polêmica, inclusive sendo acusado, injustamente de maus-tratos. Para esclarecer os fatos seguiu até a delegacia regional da Polícia Civil, que apura o fato. Havendo constatação dos maus-tratos pode ser lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), havia informado um policial.
Nota do Olhar Animal: A notícia dá conta, na verdade, de que o jumento não morreu por conta de ter suas pernas quebradas, não de que não havia maus-tratos. Segundo o relato do agricultor, o animal passava fome e sede na fazenda do antigo tutor. Então era maltratado, sim, mas não por ele. O abuso de se usar o animal para tração infelizmente ainda não é ilegal.