Justiça deve definir destino dos 135 cães resgatados em Osasco, SP
A ativista Luisa Mell pediu, na Justiça, a guarda dos 135 cães que foram resgatados de um canil, no dia 29 de setembro, em Osasco. Mas, diferente do que foi publicado na matéria “Luisa Mell pediu guarda dos 135 cães para colocá-los para adoção”, divulgada na última quarta-feira, não é a Delegacia de Polícia de Investigações Sobre o Meio Ambiente e Setor de Produtos Controlados Seccional de Osasco quem irá definir sobre a guarda dos animais.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública disse que o caso está no Juizado Especial Criminal (Jecrim). “É importante informar que um Termo Circunstanciado foi registrado pela Delegacia do Meio Ambiente e Produtos Controlados da Seccional do município e encaminhado ao Jecrim. Na ocasião, os animais foram apreendidos e entregues para a citada ONG, que ficou responsável pelos cuidados dos animais. Sobre a guarda definitiva, a mesma só poderá acontecer após decisão judicial, não cabe à delegacia especializada tal definição”. Sem a liminar, Luisa Mell não pode sequer castrar os animais e muito menos doá-los.
Os cães de diversas raças, dentre elas yorkshire, shitzu, labrador, pug e lhasa apso eram mantidos em péssimo estado em uma casa de alto padrão no Jardim Adalgisa, em Osasco. Muitos apresentavam ferimentos e fraturas nas patas e até maxilares quebrados. Eles ficavam amontoados em cômodos cheios de fezes e urina que acabava grudando no pelos dos animais e eram explorados para reprodução nessas condições.
O local era um canil “Mansão Sebastian”, O site vegano Vista-se publicou imagem do certificado emitido pela Sobraci (Sociedade Brasileira de Cinofilia Independente), instituição que faz registros de pedigree e fomenta o mercado de canis para venda de filhotes. Com o número de Registro 5858, o canil tem data de abertura em 11 de novembro de 2013 e tinha autorização para funcionar até 11 de novembro de 2015. A responsável pelo canil prestou depoimento na delegacia e depois foi liberada. Ela vai responder em liberdade e pode ser presa caso se comprovem as denúncias.
Por Graciela Zabotto