Maus-tratos a animais leva mulher à Delegacia em João Monlevade, MG
Uma denúncia de maus-tratos a animais levou uma mulher a ser conduzida à Delegacia de Polícia Civil de João Monlevade. A ocorrência foi registrada no início desta semana. Segundo reportagem do Jornal A Notícia, a suposta tutora mantinha cães e gatos em estados deploráveis em uma residência no bairro Baú.
A denúncia foi feita por membros da Associação Cãopanhia do Bem, de João Monlevade. De acordo com a presidente da instituição, Karen Sartori, o odor no local era horrível. Na casa, havia um gato preso a uma corrente, tendo como abrigo uma gaiola. Também foram encontrados cães famintos, imundos, sem acesso à higiene, presos a correntes curtas e pedaços de coleira apertados e travados por arames. Ela ainda afirmou que cinco dos cães estavam amontoados em um corredor e dois estavam em gaiolas nos fundos da residência.
“Recolhemos todos os animais em veículo particular e os levamos para uma clínica veterinária, onde passaram por avaliação e foram feitos testes de leishmania e hemograma. Após consulta, todos os cães foram levados por nós para abrigo temporário no Canil Municipal, até que se tornem aptos a adoção”, comentou Karen, em entrevista ao A Notícia.
A Lei 9.605/98, em seu artigo 32, estipula que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é passivo de pena detenção de três meses a um ano, além de multa. Os defensores dos animais consideram a punição branda e aguardam a revisão do Código Penal, que elevaria a pena para 1 a 4 anos de prisão, com agravantes no caso de lesões permanentes ou morte do animal, podendo a punição chegar a até 6 anos de detenção.
Fonte: De Fato Online