MP vê informações contraditórias sobre suposto surto de tuberculose entre cervos do Pampas Safari

MP vê informações contraditórias sobre suposto surto de tuberculose entre cervos do Pampas Safari
Segundo Ibama, animais deveriam ser sacrificados por conta de uma suposta proliferação de tuberculose entre os cervos. (Foto: MP-RS)

A Promotoria de Justiça de Defesa Comunitária de Gravataí instaurou inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no Pampas Safari. O tradicional parque de animais selvagens, localizado no km 11 da RS-020, estaria prestes a abater cerca de 300 cervos selvagens que, supostamente, estariam infectados por tuberculose. Segundo o Ibama, o abate seria necessário já que a doença representaria riscos para os outros animais do próprio Pampas Safari e também de seres humanos.

Além de ter acompanhado a fiscalização realizada na última semana pela Fundação de Meio Ambiente de Gravataí, a promotora de Justiça Carolina Barth Loureiro Ingracio ouviu veterinários envolvidos na questão e solicitou documentos ao Ibama. “As informações são contraditórias sobre o surto de tuberculose entre os animais do parque, uma vez que foi constatado que o local onde estão os cervos selvagens é protegido por telas e alguns depoimentos indicam que os animais não estariam infectados. Por isso estamos adotando uma posição de cautela pra verificar essas informações”, explicou a promotora.

Ainda segundo a promotora, o Ministério Público vai tomar todas as medidas possíveis para garantir a segurança dos animais e também da população que habita o entorno do parque de animais selvagens. O MP, acrescentou, “está zelando para que não sejam feitos abates desnecessários”.

Fundado há 30 anos, o Pampas Safari possui uma área de 300 hectares, no km 11 da RS-020, entre Gravataí e Cachoeirinha. Conforme entidades ambientalistas, cerca de dois mil animais sobrevivem no local. O Pampas Safari está fechado para visitações desde novembro do ano passado e em processo de encerramento.

Ativistas em defesa dos direitos dos animais se mobilizaram na tarde desta terça-feira em virtude da notícia de que a decisão liminar da 17ª Vara Cível de Porto Alegre, proibindo o abate dos animais, poderia ser derrubada. Pelas redes sociais, os ativistas se organizaram para irem até o local e impedir a retirada dos animais para abate. Até o final da tarde não havia nenhuma confirmação sobre a derrubada da liminar.

Fonte: Sul 21 (com informações do Ministério Público do RS)

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