Número de cães abandonados aumenta em distrito de Valença, RJ

Número de cães abandonados aumenta em distrito de Valença, RJ

O número de cães abandonados cresceu em Conservatória, no distrito de Valença, no Sul do Rio de Janeiro. Agora, além de encontrar um ambiente acolhedor e boa música pelas ruas, os turistas que visitam o local, também tem que dividir espaço com os animais nas ruas.

“Tem muita gente que traz cachorro e solta de madrugada. Tem cachorro que tá no cio e nasce mais cachorrinho e essas coisas que acontecem, fora os turistas que dão comidinha fim de semana, alimenta. Temos pessoas que moram aqui que também alimentam e aí vai crescendo”, contou a presidente da associação de moradores, Maria Aparecida de Carvalho.

Dona de um bar no distrito, a Roseli da Silva Vieira conta que vê o número de cachorros crescer a toda semana.

“Eu abro esse bar todos os dias, então a gente sabe quando tem um cachorro novo. A gente olha e fala que apareceu mais um e mais um. Qualquer dia a gente vai ter que ir embora da cidade porque eles vão vir morar aqui e a gente vai ter que ir embora. Uma hora a gente vai ter que chamar a cidade de ‘Cãoservatória’ porque eles estão largando os cachorros na rua”, falou.

Segundo ela, os animais acabam atrapalhando o movimento no estabelecimento. “O cliente está sentado e eles estão junto, pulam em cima da mesa. É uma coisa chata, tem que ficar de olho neles o tempo todo”, disse.

Castração de cachorros muitas vezes é paga pelos 
próprios moradores (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)

Apesar do grande número de cachorros abandonados, vários são castrados. Os moradores contam que eles mesmo pagam pela castração. Porém com aumento dos animais, fica muito caro castrar todos eles. Além disso, Valença não tem canil público, o que torna a situação ainda mais grave.

“Se tivesse um serviço em Valença interessado em retirá-los e colocassem em um cantinho que desse alimentação, aí seria bom, além da castração”, falou a presidente da associação de moradores.

A prefeitura disse que já está tomando medidas necessárias para tentar diminuir o problema. “A partir de semana que vem, a prefeitura está fechando um convênio com uma faculdade privada de veterinária para vermifugação, castração, isso que está passado para a gente na subprefeitura”, explicou a auxiliar administrativa da subprefeitura, Marcilene Pinto Dias.

Fonte: G1


Nota do Olhar Animal: É claro que o problema se dá pela falta de políticas públicas voltadas para a questão do controle populacional: esterilização, educação e promoção de adoção. Se a prefeitura se recusa a enfrentar o problema, o Ministério Público deve ser acionado pela população.

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