Papagaios-verdadeiros são devolvidos à natureza, em Lagoa Grande, Sertão de PE

Papagaios-verdadeiros são devolvidos à natureza, em Lagoa Grande, Sertão de PE
Papagaios-verdadeiros são devolvidos à natureza — Foto: Paulo Ricardo Sobral / TV Grande Rio

Sessenta e quatro papagaios, da espécie “verdadeiro”, foram soltos nesta quinta-feira (31), em uma área de preservação ambiental, no município de Lagoa Grande, no Sertão de Pernambuco. As aves nativas da Caatinga estão ameaçadas de extinção e foram resgatadas de cativeiros. De cabeça amarela, bochechas azuis esverdeadas e ombros vermelhos, o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) mede de 35 a 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 400 gramas.

VÍDEO: Papagaios da espécie “Verdadeiro” são devolvidos à natureza

“Esses papagaios são provenientes de apreensões feitas em feiras, mercados, residências e por pessoas que, voluntariamente, conhecendo o projeto de reintrodução desse papagaios na natureza, vêm e entregam no Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), em Recife”, explica Djalma Paes, diretor-presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

Antes de serem soltas, as aves passaram por um período de reabilitação. O processo, que dura cerca de um ano, tem como objetivo fazer com que os papagaios reaprendam a viver na caatinga.

“Quando ele passa esse processo de 10, 20, 30 anos em cativeiro, a gente tem que retrazer isso [viver na caatinga] pra ele, ou seja, treinar eles novamente, fortalecer os instintos deles, mostrando alimentos naturais, possíveis predadores pra eles começarem a fugir e, o principal, fortalecer a musculatura”, diz o biólogo Yuri Valença, coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres da CPRH.

Papagaio-verdadeiro mede de 35 a 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 400 gramas. — Foto: Reprodução / TV Grande Rio
Papagaio-verdadeiro mede de 35 a 37 centímetros de comprimento e pesa cerca de 400 gramas. — Foto: Reprodução / TV Grande Rio

A soltura das aves faz parte do projeto Papagaio da Caatinga, uma parceria que envolve a Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e a Agência Estadual de Meio Ambiente. Os moradores da região também foram inseridos nesse processo. Eles foram orientados sobre a importância de proteger os animais.

“Uma das nossas preocupações é que gerações futuras não tenham que ver isso apenas em fotografia. E o que depender da gente, dos vizinhos, das pessoas, da região, hoje eu tenho a ideia de que existe uma consciência preservacionista, e o que está em nosso alcance para difundir isso aí, a gente continua fazendo”, afirma o empresário José Ramos da Silva Filho.

Fonte: G1

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