PM é acionada em caso de maus-tratos a cavalo em Xanxerê, SC

PM é acionada em caso de maus-tratos a cavalo em Xanxerê, SC
Foto: Patrícia Silva/Lance Notícias

Por volta das 13h30min o Grupo Bem-Estar Animal e a Polícia Militar foram acionados após denúncias que davam conta de um cavalo, que transitava pela Avenida Brasil, bastante magro, puxando uma carroça.

No local, o tutor do cavalo ficou bastante emocionado, pois alegou que o cavalo é necessário para ele trabalhar e manter a família.

– Eu fiquei nervoso quando chegou a polícia falando que iam tirar o cavalo, porque eu preciso dele. Não faz muito tempo um carro bateu na carroça quebrou tudo e machucou o cavalo, tive que pagar o tratamento dele e eu ganho R$ 500 por mês para pagar aluguel, pagar as contas e ainda cuidar dele. Está difícil. A Prefeitura me procurou, me deu a placa e um cartão, disse que eu precisa ter junto esse cartão, mas para que? Quando a gente precisa nunca ajudam. Fui atrás para conseguir remédio para o cavalo e não me deram nada – conta Fabiano Correia de Oliveira.

A partir de julho, atendendo a uma lei municipal, os recicladores de Xanxerê não poderão mais utilizar a tração animal.

– Vou ter que arrumar um serviço, não podemos ficar parados. Sempre trabalhei com isso, sai da casa do meu pai com dez anos e nunca voltei, sempre trabalhando com isso. Falam que eu mexo no lixo dos outros, mas o lixo dos outros para mim é meu dinheiro, é o meu sustento, é a minha comida – diz.

O cavalo ficará em um lar temporário e contará com a ajuda do Grupo Bem-Estar Animal até se recuperar. Interessados em ajudar, principalmente com alimento, podem entrar em contato com o grupo pelo Facebook.

A família de Fabiano também enfrenta dificuldades. Ele mora no São Romero com a esposa e a filha de cinco anos. Quem puder ajudar pode ligar para ele pelo telefone (49) 98896-7056.

Veja o vídeo:

https://www.facebook.com/lancexanxere/videos/603209476817328/
Fonte: Lance Notícias


Nota do Olhar Animal: Se a proibição não prevê a substituição da tração animal por outra e/ou a capacitação dos carroceiros para outras atividades, é bastante falha.

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