Por que há uma superpopulação de cães e gatos?
Cabe ao serviço público intervir nessas situações, porém, as técnicas até o momento adotadas não se tem mostrado efetivas. As ações primárias de controle de populações animais estiveram, até o momento, pautadas na captura e morte dos animais, sem alcançar, porém, nenhum resultado minimamente satisfatório.
As razões para isso se encontram no fato de que esse sistema de captura e morte remove apenas a população de animais abandonados, das ruas, que representa uma pequena fração do total. Além disso, animais errantes têm vida muito curta, estando sujeitos à má alimentação, às doenças e aos atropelamentos, não sendo eles, portanto, os responsáveis pelo aumento na população (Lima Junior, 1998; Soto, 2003).
O aumento na população de cães e gatos deve ser atribuído à população de animais domiciliados que se encontram em condições reprodutivas propícias. Os animais que se encontram atualmente nas ruas provavelmente nasceram em residências, seja porque seus donos foram negligentes em cuidar para que não se reproduzissem, seja porque seus donos os colocaram propositalmente para se reproduzir, sem a certeza de que haveria lares suficientes para absorverem os filhotes.
Quando as pessoas permitem que seus animais se reproduzam, criam uma situação em que, invariavelmente, animais serão abandonados e talvez mortos pelo sistema de controle de zoonoses.
Colaboração de Sérgio Greif.