Projeto de lei quer proibir no Ceará coleira que dá choque quando cachorro late

Projeto de lei quer proibir no Ceará coleira que dá choque quando cachorro late
Coleiras são usadas para adestramento e dão descargas elétricas quando animais latem(Foto: Divulgação)

O projeto de lei nº 269/2019 pretende proibir o uso de acessórios que controlem o comportamento de cachorros, como coleiras anti latidos, no Estado do Ceará. Esses tipos de aparato causam choques elétricos quando o animal late. Além de vedar o uso, a proposta também pretende proibir a comercialização desses objetos em todo o território cearense, sob aplicação de penalidade. A autoria é do deputado estadual, Romeu Aldigueri (PDT).

A pena para os estabelecimentos comerciais que descumprirem a legislação e comercializarem os acessórios será o pagamento de multa no valor de R$ 1.500 e aqueles tutores que insistirem no uso do colar eletrônico em seus cães é de R$ 1.000. Caso a infração seja repetida, os valores serão dobrados.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostram o Brasil como o quarto maior em população total de animais de estimação. E é ainda, como o segundo maior em população de cães, gatos, aves canoras e ornamentais. Conforme justificativa do autor do projeto, o deputado estadual, Romeu Aldigueri, o ordenamento jurídico em vigência protege o bem estar do animal. Além disso, sanciona com duras penas aos atos de violência e não admite o menosprezo, as agressões aos animais e condutas que ferem a dignidade.

“Hoje, cada vez mais, os animais domésticos estão presentes na relação familiar. Então, não tem mais sentido comercializar produtos que podem causar dor ou sofrimento ao animal”, afirma o deputado Romeu Aldigueri.

Estados como São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro têm projetos de lei similares a este do Ceará, aprovados nos últimos anos. As penas seriam aplicadas com multas que vão de R$ 500 a R$ 1.000 reais, além do recolhimento imediato do animal para abrigos públicos ou locais similares, no caso da cidade de Recife (PE).

Fonte: O Povo Online 

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