Suspeitos de integrar quadrilha de tráfico internacional de animais são presos em Manaus, AM

Suspeitos de integrar quadrilha de tráfico internacional de animais são presos em Manaus, AM
Segundo a polícia, a quadrilha atuava no Amazonas, Pará e também fora do País. | Foto: Raquel Miranda

Nesta terça-feira (23), a Polícia Civil do Pará, em conjunto com a Polícia Civil do Amazonas, deflagrou a ‘Operação Poseidon’ e prendeu, em Manaus, sete homens suspeitos de pertencer a uma quadrilha de tráfico internacional de peixes ornamentais, com bases em Altamira e Itaituba, no Pará. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e mais dois mandados de prisão nos bairros Cidade Nova, na zona norte, e Betânia, na zona sul da cidade.

Com os suspeitos, foram resgatados 22 peixes, de duas espécies diferentes do Rio Xingu, em Altamira, e ainda não identificadas. Além dos peixes, que eram transportados por vias aérea e fluvial, do Pará até o Amazonas, os policiais apreenderam armas, bacias, redes de pescas, tanques de oxigênio, dinheiro em notas estrangeiras, notebooks, celulares, equipamentos para mergulho e entre outros utensílios para captura e conservação dos peixes.

Equipamentos foram apreendidos durante operação | Foto: Raquel Miranda

“Foram autuados cinco pessoas em flagrante no bairro Cidade Nova, que fariam o tráfico de animais silvestres. Essa é uma organização criminosa não só investigada aqui no Amazonas, mas como no Pará e fora do País. Em Manaus, funcionavam dois pontos de apoio para trocar a água e oxigenar os peixes”, afirmou o delegado da Delegacia de Roubos e Furtos do Pará, em Belém, Thiago Dias.

As investigações da ‘Operação Poseidon’, de responsabilidades da Polícia Civil e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Pará, duraram um ano e foram deflagradas, simultaneamente, em Manaus e nas cidades do Pará, Altamira, Itaituba e Santarém.

“Esses peixes são provenientes do Rio Xingu e a rota deles são Altamira, Itaituba, Santarém e depois para Manaus, onde provavelmente vão para Tabatinga indo até a Europa e China. No mercado exterior esses peixes chegam a valer R$ 10 mil”, explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado Thiago Dias, Manaus era usada como ‘aquário’ para os peixes capturados no Rio Xingu e transportados ilegalmente para o Amazonas. “Aqui (Manaus) funcionavam as bases deles, os aquários. Porque durante o transporte, os peixes não suportam muito tempo dentro das malas e sacos plásticos. Então, em Manaus paravam para dar oxigênio e comida aos peixes”, explicou Dias.

Os suspeitos presos em Manaus foram autuados no Artigo 288 do Código Penal, por associação criminosa, e no Artigo 29, inciso III, da Lei de Crimes Ambientais, em relação a captura, morte e transporte ilegal de animais silvestres. Os peixes resgatados durante a operação deverão ser encaminhados para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) ou para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Por Diogo Rocha

Fonte: D24am

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