Três policiais feridos em ataque de fãs de rinhas de galos na cidade de Balasore, em Odisha, Índia

Três policiais feridos em ataque de fãs de rinhas de galos na cidade de Balasore, em Odisha, Índia
Imagem utilizada para fins representativos apenas.

Seis presos não só atacaram dois policiais, mas também violaram a Lei de Prevenção da Crueldade Contra os Animais, de 1960.

Seis pessoas foram presas na área de Rupsa, em Balasore, em 25 de dezembro por supostamente atacarem a polícia, que tentava impedir uma rinha de galos que envolvia apostas. Em uma denúncia de que a rinha era organizada em Jamunia, em Rupsa, uma equipe policial composta por Surendra Mahalik, do India International Centre (IIC) de Rupsa, um sargento e dois policiais chegou ao local.

Os policiais tentaram retirar dois galos dos aldeões, os quais protestaram. Em seguida, eles atacaram os policiais e também vandalizaram a van da polícia. O sargento e os policiais ficaram feridos no ataque e os aldeões mantiveram os dois policiais como reféns. O SDPO (Oficial de Polícia Sub-Divisional) local e o IIC os resgataram e prenderam seis aldeões.

Apesar da proibição da Suprema Corte, as rinhas de galos continuam a ser um passatempo popular em várias aldeias tribais dos distritos de Balasore e Mayurbhanj. As rinhas começam no início de dezembro e culminam com o festival Makar Sankranti em meados de janeiro. O jogo é realizado em Soro, Nilagiri, Basta e Raibania no distrito de Balasore. Em Ragdha, a seis quilômetros da cidade de Baripada, a maior rinha de galos é organizada em meio a uma enorme reunião antes do Makar Sankranti.

Também nas feiras semanais nas subdivisões de Rairangpur, Karanjia e Udala, pratica-se o jogo ilegal. Moradores disseram que se tornou uma prática habitual e uma forma de entretenimento popular em áreas rurais. As pessoas aproveitam o “esporte” fazendo apostas. Galos bem treinados com pequenas facas afiadas presas às patas lutam enquanto os espectadores aplaudem. Em geral, a luta termina com a morte de uma das duas aves. As rinhas de galos também são organizadas durante a noite sob holofotes.

As pessoas colocam suas apostas, que variam de 10 a 500. Após a luta, o valor total é distribuído entre as pessoas que apostaram no galo vencedor. O tutor do galo vencedor também recebe benefícios e leva para casa a ave derrotada. Ativistas dos direitos dos animais disseram que é ilegal engajar as aves em brigas, que são contra as regras da Lei de Prevenção à Crueldade Contra os Animais de 1960. Como isso envolve apostas, o jogo também infringe a Lei de Prevenção de Apostas. O Superintendente de Polícia de Mayurbhanj, Awinash Kumar, disse que a polícia vai investigar as cláusulas da Lei de Prevenção da Crueldade aos Animais para evitar o jogo ilegal nos distritos.

Tradução de Ana Carolina Figueiredo

Fonte: Indian Express

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