46 cachorros que sofriam maus tratos em canil de Jaguaruna (SC) ainda estão no local
Os cachorros encontrados pela Polícia Civil em 19 de outubro, sob situação de maus-tratos num canil clandestino em Jaguaruna, no sul catarinense, continuam no mesmo local desde a operação. Ao todo, eram 48 cães, mas dois já morreram.
No dia 1º deste mês, a Justiça chegou a autorizar o pedido do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) para conceder a guarda provisória dos cachorros a pessoas interessadas, já que a retirada deles do local não foi possível, devido à falta de abrigos na região.
Diante da situação, o cartório da 2ª Vara de Jaguaruna, então, abriu um pré-cadastro para os interessados em adotá-los, que no momento já conta com 59 inscritos.
Apesar do interesse da população em dar um lar aos cães, eles seguem no canil. A justificativa para a permanência deles é a falta de um relatório, a ser elaborado por um médico veterinário, sob a situação de cada um deles.
Segundo a Justiça de Jaguaruna, após a apresentação desse documento, a entrega dos animais será providenciada com a maior celeridade possível.
Adoção responsável
Interessados em adotá-los ainda podem entrar em contato com a Justiça pelo WhatsApp (48) 3622-7728 e se candidatar. Ao todo, são 46 cachorros de raça – cerca de 20 deles com pedigree -, de porte médio a grande, dentre os quais 12 filhotes.
Relembre o caso
No dia 19 de outubro, a Polícia Civil, com apoio de um agente municipal sanitarista e um médico veterinário da Cidasc (Companhia Integrada Desenvolvimento Agrícola de SC), realizou uma vistoria em um canil clandestino, em Jaguaruna, no Sul catarinense.
No local, os profissionais atestaram que 48 animais estariam submetidos a intenso sofrimento físico e emocional. Segundo os laudos apresentados, os animais estariam em local insalubre, expostos a grande quantidade de fezes e urina e submetidos ao sol e à chuva.
Alguns deles teriam apresentado quadro de anemia, fraturas ósseas, deficiência endócrina e infecções por fungos, além de infestação por pulgas e dermatite severa.
Na época, o dono do canil foi preso. Um dos cachorros morreu após ser examinado e os outros 47 continuaram no local, sob os cuidados de pessoas que conviviam com o proprietário e a supervisão da Vigilância Sanitária e do IMAJ (Instituto do Meio Ambiente de Jaguaruna).
Porém, diante da morte de mais um cachorro, o MPSC ingressou com o pedido na Justiça, a fim de resguardar o direito dos animais. A solicitação foi atendida e a decisão judicial publicada em 1º de novembro, autorizando a guarda provisória, com custos podendo ser de responsabilidade do dono do canil.
Fonte: ND+