A cada dez aves retiradas da natureza, vítimas do tráfico ilegal, somente uma terá chance de sobreviver.

No dia 20 de abril, ao redor de 70 aves resgatadas e reabilitadas no CeMaCAS (Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres) no Parque Anhanguera em São Paulo, foram libertadas na natureza no CEEPAM (Centro Ecológico de Proteção Ambiental) localizado no Sítio do Jacu, que é uma área habilitada para soltura e monitoramento de aves no município de Caraguatatuba.
As aves são o maior alvo de tráfico de animais silvestres. Essa atividade, é a terceira maior atividade ilícita do mundo e só o Brasil movimentando mais de um bilhão de reais todos os anos.
A cada 10 aves retiradas da natureza, somente uma sobrevive, devido ao transporte e maus tratos. Isso significa que quando soltamos essas 70 aves sobreviventes, outras 600 morreram durante o tráfico e comércio ilegal.

Estamos em uma semana especial, dia 20 foi aniversário de Caraguatatuba, dia 21 celebramos do dia de Tiradentes e dia 22, o dia internacional da Terra, que foi criado com a finalidade de aumentar a consciência sobre o meio ambiente e a preservação de sua biodiversidade para proteger o planeta Terra.
“As baixadas e encostas da Tabatinga e Mococa são um verdadeiro patrimônio ambiental com mata nativa, fauna e nascentes preservadas. Aqui já foram identificadas mais de 500 espécies de aves, sendo muitas endêmicas (que só existem na Mata Atlântica). Mais de 60 espécies de aves que se encontram em listas de extinção ainda podem ser encontradas nessa região”, diz Lucas Ramiro, técnico responsável pela soltura e monitoramento.
“A devolução dessas aves à natureza é a nossa homenagem ao meio ambiente e a Caraguatatuba. Preservando nossas riquezas naturais, podemos colocar Caraguatatuba dentro do roteiro internacional do ecoturismo de observação de aves, atraindo visitantes do mundo inteiro e assim contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região”, diz Eduardo Leduc, presidente do CEEPAM.
Fonte: Tamoios News