“Agora é a nossa vez de comê-lo”: jaguar é morto e esquartejado por atacar gado em Yucatán
Um grupo de pessoas em um açougue em Yucatan [México] matou um jaguar como vingança por ter atacado seu gado, provocando indignação porque o animal está em perigo de extinção.
Em Yucatán, causou indignação o fato de um grupo de pessoas ter matado e esfolado um jaguar, supostamente porque o animal, que está em perigo de extinção, havia atacado o gado deles, levando-os a declarar: “agora é nossa vez de comê-lo”.
Não se sabe exatamente quando e onde esses fatos ocorreram, mas recentemente foi divulgado um vídeo nas redes sociais mostrando o jaguar quase sem pele, dentro de um açougue, enquanto um grupo de pessoas o esfolava.
Um dos caçadores de Yucatán justificou suas ações afirmando que o jaguar havia matado suas ovelhas e cachorros, e por isso decidiu “se vingar” consumindo a carne do felino.
Além de justificar sua ação, os caçadores zombaram das autoridades, dizendo que elas não os encontrariam.
“Não vá postar no grupo,” disse um dos homens, ao que o outro respondeu: “Não se preocupe, eles não sabem onde é.”
A legislação ambiental no México pune a caça furtiva com penas que variam de seis meses a nove anos de prisão, o que gerou ainda mais indignação entre os internautas que assistiram ao vídeo.
Após a viralização do vídeo, diversos ativistas e defensores dos direitos dos animais, como Arturo Islas, denunciaram publicamente o ocorrido e exigiram justiça para o jaguar morto.
“Não se pode tratar os animais com a ideia de ‘olho por olho, dente por dente’”, declarou Islas.
Os jaguares não atacam por maldade, mas por instinto de sobrevivência, e sua proteção é crucial para manter o equilíbrio ecológico, destacou.
A caça furtiva de jaguares não só coloca em risco essa espécie emblemática, mas também ameaça a biodiversidade e o equilíbrio ecológico da região.
Os jaguares desempenham um papel crucial em seus ecossistemas, controlando as populações de outras espécies e mantendo a saúde de seus habitats. Sua extinção teria consequências devastadoras para o meio ambiente.
Por Karina Flores / Traduzido por Ana Carolina Figueiredo
Fonte: EL DEBATE