Águias-marinhas que estão ‘atrapalhando voos’ serão caçadas e abatidas na capital sueca

A Agência Sueca de Proteção Ambiental (SEPA) emitiu um comunicado no começo do mês de agosto, por meio do qual autorizou uma caça protetora de uma determinada águia marinha (águia-de-cauda-branca, Haliaeetus albicilla) nos arredores do Aeroporto de Arlanda, em Estocolmo.
A ação da SEPA segue dois incidentes graves, quando as águias colidiram com aeronaves durante a decolagem e pouso no outono de 2022. O status de proteção do animal e os regulamentos de conservação não foram suficientes para convencer o conselho administrativo do condado de que medidas preventivas desse tipo de incidentes deveriam ser tomadas.
Por isso, foi autorizada uma caçada protetora até 31 de janeiro de 2024, a ser realizada “somente quando extremamente necessário por motivos de segurança de voo”.
A decisão da SEPA marca a primeira vez que atirar em uma águia marinha é permitido, já que, no passado, o aeroporto já havia recebido permissão para a caça de outras espécies de aves e pássaros.
Devido ao seu peso de 4 a 7 kg, as colisões desses animais com aeronaves são consideradas perigosas. Um diretor da organização explicou que “medidas mais leves foram consideradas não eficazes“, porém reforçou que a caça deverá ser evitada o máximo possível.
O Aeroporto de Arlanda pretende ativar o protocolo de caça protetora, com um grupo de pessoas da sua equipe devidamente licenciadas para planejarem o dispositivo de caça e vigilância do local com a orientação das autoridades de segurança.
Por Carlos Ferreira
Fonte: Aeroin
Nota do Olhar Animal: Incrível e inaceitável que a altamente tecnológica indústria aeronáutica não encontre uma solução ética e eficaz para afastar as aves. Certamente é uma questão de custo/benefício e a moral rasa que as leva a resolver a questão com o extermínio de aves. É uma vergonha.