Alunos de Cambridge votam a favor da alteração dos menus para 100% veganos

Alunos de Cambridge votam a favor da alteração dos menus para 100% veganos

A reportagem do jornal inglês “The Guardian”, traduzida e publicada pela Scot Consultoria (Bebebouro, SP) em seu boletim informativo “Carta Conjuntura”, relata que a votação foi realizada com o intuito de remover produtos de origem animal dos serviços de cafés presentes no campus. Eles obtiveram 72% de votos a favor da alteração dos menus.

“É importante que os estudantes da Universidade de Cambridge tenham conseguido realizar esta votação e trabalhar junto da instituição para implementar um sistema justo e sustentável sem produtos de origem animal nos serviços de alimentação. Ao remover produtos de origem animal dos cardápios, a universidade pode reduzir significantemente seu impacto ambiental e mostrar ao mundo que está comprometida com a sustentabilidade. Os serviços de alimentação da universidade têm dado passos importantes nesse âmbito, tendo removido carnes bovina e de cordeiro de todos os cardápios, a partir de 2016. Nós esperamos poder trabalhar lado a lado nos próximos passos para essa mudança”, disse William Smith, 24 anos, representante da campanha plant-based da universidade.

Um porta-voz da universidade disse: “A Universidade de Cambridge já removeu dos cafés e cantinas as carnes advindas de ruminantes e possui uma política de sustentabilidade que contribui para a promoção de hábitos de alimentação plant-based, removendo também, peixes de origem não sustentável do cardápio e reduzindo o desperdício de alimentos. Nós estamos sempre abertos para sugestões de alunos e funcionários”.

O informativo da Scot explica que a campanha “Plant-based Universities Cambridge”, liderada por estudantes da universidade, “tem a intenção de contribuir para a diminuição da crise climática ao adotar uma alimentação plant-based, ou seja, livre de produtos de origem animal”. O Animal Rebellion é um movimento parceiro, que promove campanhas e manifestações contra a produção animal.

De acordo com os analistas da Scot, o movimento a favor de hábitos de consumo sem produtos de origem animal vem crescendo, principalmente, em países desenvolvidos. “Isso se deve ao potencial de emissão de gases de efeito estufa das produções agropecuárias e, também, aos casos de maus tratos aos animais. Porém, apesar de os estudantes da Universidade de Cambridge decidirem pelo banimento desse tipo de alimento, o setor agropecuário não é, comparativamente, o maior responsável pela geração de resíduos e emissão de gases de efeito estufa (GEE)”.

Dentre as ações adotadas para um sistema agropecuário sustentável, aponta a consultoria, há o Bem-Estar Animal (BEA), os programas para a produção de baixo carbono, que incentivam a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) para diminuir os impactos ambientais e manter a produtividade e a produção dos biocombustíveis como o bioetanol, biodiesel e biogás, que são substitutos dos combustíveis de origem fóssil, esses sim, poluentes.

“É possível conciliar uma produção sustentável em nível mundial, sem afetar a produção de alimentos de qualquer origem. Fariam melhor os estudantes universitários ingleses se conhecessem o terceiro mundo e as pessoas que neles habitam”, destaca o informativo de autoria dos consultores Alcides Torres e Nicole Santos.

Fonte: The Guardian via DBO


Nota do Olhar Animal: Essas mudanças parecem ocorrer sem em momento algum levar em consideração os aspecto éticos envolvidos na exploração dos animais. Neste ponto, o avanço civilizacional foi zero com essa medida.

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