Análise de amostras da baleia jubarte encontrada no Marajó (PA) podem identificar causa da morte do animal

Análise de amostras da baleia jubarte encontrada no Marajó (PA) podem identificar causa da morte do animal

O mistério sobre a baleia jubarte de cerca de 11 metros encontrada morta na sexta-feira (22) em uma praia do município de Soure, na ilha do Marajó, poderá ser desvendado em breve. Uma equipe do Instituto Bicho D’Água foi ao local onde o animal foi encontrado na manhã deste sábado (23) para coletar amostras biológicas e fazer a necropsia da carcaça, o que poderá identificar a causa da morte da baleia.

VÍDEO: Baleia é encontrada em área de mata do município de Soure, no Marajó

A bióloga Renata Emin, presidente do instituto, acredita que a baleia já estava morta e que o corpo foi levado pela maré até o mangue. “A gente imagina que ela estivesse boiando e com a maré foi parar dentro da floresta de mangue. A pergunta é o que uma baleia jubarte está fazendo no mês de fevereiro em plena costa norte do Brasil? É inusitado”, disse Renata.

Segundo a bióloga, Jubartes ficam de agosto a novembro na Bahia para se reproduzirem e depois seguem para a Antártida para se alimentarem. “Tivemos um registro de encalhe de jubarte no Pará há 3 anos, mas é raro. Esse parece ser um filhote que acabou de ser deixado pela mãe, podia estar perdido”, levanta ainda essa hipótese.

Mas, apenas as análises poderão confirmar a causa da morte da jubarte. “Dependendo do estado de decomposição, algumas informações que poderíamos ter e avaliar no local se perdem. Estamos colhendo todas as informações, identificando marcas no corpo, se ficou preso em rede, se bateu em embarcação. Vamos abrir a carcaça do animal, coletar amostras de músculos, parasitas. Algumas análises são enviadas para o laboratório da UFPA em Castanhal”, afirma ainda Renata.

Dependendo do exame, o laudo pode demorar até dez dias para ficar pronto. Segundo a bióloga, o esqueleto da baleia vai para a coleção de mamíferos do Museu Goeldi, em Belém, para estudos futuros.

Fonte: G1

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