Animais encontrados mortos em Alagoas são levados pela PF para perícia em Brasília
Cinco animais encontrados mortos em Alagoas nas últimas semanas foram levados pela Polícia Federal para Brasília, nesta sexta-feira (1), onde passarão por perícia para saber se as mortes têm relação com o óleo encontrado nas praias do Nordeste.
Foram transportados para a Diretoria Técnico-Científica da PF, em uma aeronave de pequeno porte, dois golfinhos, dois cágados e uma ave. Destes, somente a ave estava coberta de óleo.
O Instituto Biota de Conservação, que monitora a vida marinha no estado, informou à reportagem do G1 que a solicitação para encaminhamento dos animais foi da Polícia Federal.
“Partiu da PF [a iniciativa] para fazer a análise e ver se tem ligação com o óleo. Foi só uma parte dos animais encontrados, não poderiam ir todos”, disse o presidente do Biota, Bruno Stefanis.
Fauna ameaçada pelo óleo
Desde que começaram a surgir as primeiras manchas nas praias alagoanas, o Biota informou que recolheu 23 animais sujos de óleo, entre aves, mamíferos e tartarugas marinhas. Destes, 7 foram encontrados vivos e 16 já estavam mortos.
A situação mais crítica foi registrada em Maragogi, no Litoral Norte, no último dia 20, onde uma ave viva foi encontrada com o corpo completamente coberto pelo óleo. Ela foi resgatada e levada para tratamento pelo Biota.
Navio grego é suspeito do vazamento
Nesta manhã, uma operação da Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em sedes de representantes e contatos de uma empresa grega responsável por um navio com bandeira da mesma nacionalidade suspeito do derramamento de óleo.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte e são cumpridos no Rio de Janeiro.
Segundo a PF, o derramamento ocorreu em águas internacionais, a aproximadamente 700 km da costa brasileira, e o sistema de rastreamento da embarcação confirma a passagem pelo ponto de origem do óleo.
As investigações apontaram ainda que a embarcação transportava óleo cru proveniente do terminal de carregamento de petróleo “San José” na Venezuela.
Fonte: G1