Antas são reintroduzidas na natureza após ficarem um ano em tratamento em MS

Antas são reintroduzidas na natureza após ficarem um ano em tratamento em MS

Após um ano de tratamento no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), duas antas conseguiram finalmente a liberdade e voltar à natureza. Os animais foram levados para uma fazenda de Caracol, a 364 km de Campo Grande (MS), pela concessionária CCR MSVia. Lá, elas seguirão acompanhadas por uma equipe do Cras.

 

Os técnicos que compõe a equipe são o médico veterinário Diogo Borges, a bióloga Márcia Delmondes e pela zootecnista Cláudia Araújo, que ficarão na propriedade até o dia 12 de fevereiro para monitoramento.

De acordo com o Cras, os animais serão mantidos em um espaço onde possam receber alimentação natural, como folhas e frutos de espécies nativas, suplementação alimentar, incluindo milho, frutos e ração, além do suporte veterinário para que elas se reabilitem plenamente no menor espaço de tempo possível.

As antas que foram para soltura essa semana, chegaram ainda filhotes no Cras. Ambas vieram do município de Sonora. Uma estava na beira de um rio e a outra em uma usina. Ambas estavam sozinhas, sem a mãe, sendo tratadas basicamente com alimentação correta e acompanhamento do crescimento.

Sobre o animal – Segundo informações do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade), a anta, cujo nome científico é Tapirus terrestris, é o maior mamífero terrestre brasileiro. O bicho está presente desde o sul da Venezuela até o Norte da Argentina, e prefere áreas abertas ou florestas próximas a rios.

A anta se alimenta de frutos, em especial os de palmeiras, como o buriti, palmito-juçara, jerivá e patauá. No entanto, sua alimentação preferencial é de folhas. Ainda conforme o órgão, a anta é um animal de hábitos solitários.

O ciclo reprodutivo deste animal é bastante longo, e uma gestação pode durar entre 13 a 14 meses, gerando apenas um filhote. A caça e a perda de habitat pelo desmatamento contribuem para que este mamífero seja considerado ameaçado de extinção no Brasil.

Por Giovana Martini 

Fonte: Campo Grande News

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