Apadrinhamento de animais em ONGs é alternativa para quem quer ajudar, mas não pode adotar

Apadrinhamento de animais em ONGs é alternativa para quem quer ajudar, mas não pode adotar
Apadrinhar também é um ato de amor pelos animais. Freepik

Muitas pessoas amam os animais e gostariam de tê-los em suas casas, mas  fatores como falta de espaço, tempo ou até mesmo tipo de moradia às vezes podem impossibilitar o sonho de ter um pet. No entanto, adotar um animal não é o único caminho para oferecer a ele bem-estar. Pensando nisso, muitas instituições realizam o apadrinhamento de cães e gatos.

No apadrinhamento, os interessados escolhem um ou mais animais para mantê-los com uma quantia mensal em dinheiro, que é utilizada na alimentação, medicação ou quaisquer outras necessidades do animal. A quantidade doada varia de acordo com cada ONG. Na DNA Animal, que atua no Paraná e é parceira do Instituto PremieRpet®, o projeto de apadrinhamento tem um nome especial: Cãofilhado. Atualmente, a ONG abriga 150 cães e 80 deles têm padrinhos.

Segundo Andréa Barth, presidente da ONG, o projeto é fundamental para ajudar a equilibrar os custos mensais. “Vivemos 100% de doações. As despesas mensais são muito altas e fechamos todos os meses no vermelho. Com o projeto, temos um pouco de segurança em relação a certos custos”, explica Andréa. Na DNA Animal, os padrinhos contribuem mensalmente com R$ 65. “A gente sugere esse valor, mas têm padrinhos que doam mais, tem pessoas que são padrinhos de mais de um animal. Quando a pessoa não tem condição de doar os R$ 65, nós oferecemos outros projetos ou indicamos que ela doe esporadicamente. Nós aceitamos todas as doações, mas não colocamos como padrinho para mantermos o controle”, explica.

Isso acontece porque a DNA Animal mantém os padrinhos informados sobre seus “cãofilhados”. Os voluntários compartilham fotos, vídeos e informações do dia a dia dos animais para que os padrinhos saibam de que forma a doação deles está auxiliando o trabalho da ONG. Andréa acredita que o projeto tem boa aceitação das pessoas porque é uma forma diferente delas conseguirem ajudar no bem-estar dos animais, até que eles encontrem um adotante. 

Na APATA, Associação de Proteção Animal Tânia Angiolucci, ONG parceira do Instituto PremieRpet®  que atua na região de Osasco e Cajamar (SP), o apadrinhamento é uma ação que começou há pouco tempo. Por enquanto, apenas um gato tem padrinho fixo, embora outras pessoas colaborem esporadicamente com um animal ou com um tratamento, conforme necessidade.

Para Tânia, fundadora da APATA, o apadrinhamento é uma opção fundamental para os animais que estão há muito tempo na ONG. “Toda ajuda é bem-vinda. O apadrinhamento ajuda em tudo. Eu tenho uma ‘madrinha’ que deposita R$ 50 [mensais] para um gatinho e agora ela vai apadrinhar mais um. Isso me ajuda na ração, no anti-pulga, é um custo a menos”, explica Tânia.

De acordo com Tânia, as pessoas que são engajadas com a causa animal sempre ajudam com a quantia que podem, e isso faz diferença no fim das contas. Mas, assim como na hora da adoção, os futuros padrinhos precisam preencher um formulário antes de assumirem o posto. No site da ONG, há uma aba chamada “apadrinhe um animal”, onde a pessoa interessada deve colocar seus dados para que Tânia entre em contato. “Nós temos uma ficha para a pessoa preencher e o valor mínimo mensal de doação é R$ 50”, explica.

Além do dinheiro, há também outras formas de apadrinhar um animal. As doações de alimentos, roupas, camas e até mesmo de tempo e carinho durante uma visita à ONG fazem parte da proposta de apadrinhamento. Acompanhar de perto o dia a dia dos animais, mesmo que à distância, faz parte da função de um padrinho.
Assim como na adoção, muitos tutores apadrinham por gostarem dos animais, por se identificarem com eles ou por terem acompanhado o animal desde o resgate. Para dar mais visibilidade ao projeto, Tânia pretende divulgar no site da ONG as fotos dos animais que estão disponíveis para o apadrinhamento.

Por Bruna Vichi

Fonte: R7

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