Após oito anos, censo animal volta a monitorar vacinação de cães e gatos para controlar leishmaniose em Tupã, SP

Após oito anos de intervalo, o Departamento de Vigilância em Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realiza um censo animal com o objetivo de mapear a população de animais, entre gatos e cachorros, para verificar se estão vacinados contra a leishmaniose, em Tupã (SP).
VÍDEO: Censo animal em Tupã: Ação da Prefeitura pretende mapear cães e gatos na cidade
Segundo a CCZ, as informações servirão para um levantamento de dados, que embasa futuras ações de vacinação, castração e para providências em relação aos casos de leishmaniose. O censo é realizado de segunda a sexta-feira em bairros da cidade.
Até o momento, a ação só foi realizada no bairro Vila Marajoara. Os agentes comunitários de saúde devem colaborar com a pesquisa por meio de informações das residências visitadas nas áreas da cidade.
O último censo foi realizado em 2014 e, naquele ano, foram mapeados 19,4 mil animais. Em relação aos casos de leishmaniose, a cidade registrou um caso em 2021 e dois casos em 2022, em humanos. Já em cães, foram 263 casos em 2021 e 258 casos em 2022, até o momento.
Segundo informações do Instituto Pet, o Brasil é o terceiro maior país em população total de animais de estimação. São 54,2 milhões de cães e 23,9 milhões de gatos no país.
Por que vacinar?

A leishmaniose canina é uma infecção parasitária causada por protozoários que atacam o sistema imunológico do animal. É uma doença que pode ser transmitida de animais para humanos e vice-versa, sendo o mosquito o vetor.
É uma grave doença que pode levar à morte, tanto do humano quanto do cachorro infectado. Por isso, essa enfermidade é uma questão de saúde pública que exige cuidado de todos no combate.
A vacinação em cães e gatos, assim como nos humanos, possuem dois objetivos:
- Proteger o animal de estimação contra doenças infecciosas;
- Protegê-los contra os agentes circulantes dessas doenças.
A vacinação previne o contágio do animal com agentes das doenças e permite que o pet possa manter a sua saúde em equilíbrio por mais tempo.
Sintomas

Os sintomas mais comuns da leishmaniose canina são:
- Lesões, descamação e coloração branca prateada na pele, nas patas pode ocorrer infecção;
- Pele grosseira por excesso de produção da queratina;
- Unhas espessas e em formato de garras;
- Machucados que não saram nunca e feridas na orelha;
- Problemas oculares: secreção persistente, piscadas excessivas e incômodo nos olhos.
Fonte: G1
Nota do Olhar Animal: Quando a “providência” do Poder Público em relação aos animais infectados é exterminá-los (o que ainda ocorre em vários municípios), revela a absoluta incompetência de seus órgãos já que, além da ética rasa que prevalece, é de conhecimento mundial que o abate de animais é ineficaz. No mais, inibe tutores a revelar sintomas e buscar as instituições públicas pelo receio de que seus animais, com quem mantêm fortes laços afetivos, acabem por ser mortos. Ou seja, o extermínio é uma medida defendida e adotadas por pessoas bem pouco inteligentes.