Após tratamento para sarna, cães resgatados de casa em Franca, SP, deverão ir para adoção

Os oito cães resgatados em situação de maus-tratos na manhã desta terça-feira (3) em Franca (SP) deverão ser encaminhados para adoção após o tratamento veterinário deles ser encerrado no Canil Municipal. Três animais estão com sarna, de acordo com a Polícia Civil.
Vídeo: Polícia de Franca, SP, apreende oito cachorros que estavam em uma casa.
Os animais, encontrados sem comida, viviam sozinhos em uma casa na Rua Ivete Vitoriano de Paula Garcia, localizada no Jardim Aeroporto III, enquanto a tutora deles morava em outro imóvel na região, ainda de acordo com a Polícia Civil.
A mulher foi levada à delegacia e prestou depoimento à polícia. Ela está sendo investigada por suspeita de maus-tratos contra animais, crime pelo qual pode ser condenada a cinco anos de prisão.
Atendimento
A Justiça determinou que o tratamento dos cães seja no Canil Municipal. Os que estão com sarna foram isolados dos demais para evitar a disseminação da doença, segundo o diretor da Vigilância Sanitária, Felipe Granzotti.
“Vamos esperar a decisão do juiz para ver quando poderemos colocar eles para adoção. Provavelmente a adoção será o destino, porque a proprietária não oferecia as condições necessárias para o abrigo dos animais, então é esperar o juiz”, diz Granzotti.

Denúncia de maus-tratos
Os cães foram resgatados após uma denúncia recebida pela presidente da Comissão de Proteção e Defesa Animal da Ordem dos Advogados (OAB) de Franca, Maysa Kaluf. Ela acionou a polícia e organizou a ação em conjunto com a Vigilância Sanitária.
“Era um local muito insalubre, com muita sujeira, um cheiro insuportável. As pessoas não estavam aguentando ficar lá dentro. Os animais com sarna, alguns bem abatidos, machucados, alguns com feridas sangrando, e acuados em uma situação de tristeza e doença”, diz Kaluf.

Sem intenção, mas prejudicial
O delegado Eduardo Bonfim, responsável pelo caso, diz que a dona dos animais não foi presa porque não tinha intenção de provocar danos à saúde deles.
“Ela alega que a intenção era ajudar, mas ela não tem condições nem financeiras nem físicas para cuidar destes cachorros. Não existe o dolo de querer que os cachorros vivam naquela condição, mas, em querer ajudar, ela estava prejudicando estes cachorros”, diz Bonfim.
Bonfim aguarda um laudo da Vigilância Sanitária e depoimentos de testemunhas para concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público.

Fonte: G1