Ativistas conseguem resgatar 386 cães que seriam comidos no festival de Yulin, na China

Ativistas conseguem resgatar 386 cães que seriam comidos no festival de Yulin, na China
Centenas de cachorros seriam abatidos no festival anual de Yulin, na China (Foto: Twitter/jenny_kjacobs/Reprodução)

A polícia chinesa interceptou um caminhão que transportava 386 cães que seriam abatidos no festival anual da cidade de Yulin, no sul da China. O consumo de carne de cachorro é uma das tradições do evento, que está programado para começar nesta terça (21/6), solstício de Verão.

Imagens divulgadas pelo jornal britânico The Guardian mostram cães amontoados em gaiolas de arame em condições precárias. Ao descobrir que o caminhão transportava os animais, no último fim de semana, ativistas temiam que alguns pudessem ter doenças infecciosas. Então denunciaram o veículo à polícia, citando as legislações do país sobre prevenção de epidemias.

“Foi horrível ver tantos cães em um estado tão terrível, era como um caminhão do inferno para esses pobres animais. A carne de cachorro e o massacre deles envergonha nosso país e, por isso, continuaremos lutando até vermos o fim desse sofrimento”, comenta Lin Xiong, um dos ativistas que viu o caminhão ser parado pela polícia, citado pelo jornal.

De acordo com o The Guardian, ativistas dos direitos dos animais analisaram as leis e regulamentos da China para persuadir as autoridades a impedir que o festival de Yulin acontecesse.

“Existem regulamentos que articulam como lidar com animais, por exemplo, certificados de inspeção de quarentena exigidos legalmente. Mas claramente aqueles que carregavam os cães não cumpriram esses regulamentos. Temos que lembrá-los [desses regulamentos], bem como as autoridades”, diz o ativista Xiao He, da cidade de Shaanxi, citado pelo jornal britânico.

Os cachorros resgatados do caminhão eram de diferentes raças, tamanhos e condições de saúde. Provavelmente eram domésticos, roubados, ou animais de rua que foram capturados. Eles foram encaminhados para uma quarentena.

Ativistas chineses contam ao The Guardian que os pets foram entregues à ONG de proteção animal Capital Animal Welfare Association, de Pequim, depois que os comerciantes assinaram um acordo para renunciar à propriedade dos cães.

Por João Paulo Martins

Fonte: TrendsBR

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