Atropelamentos de animais silvestres próximo a parque estadual preocupam autoridades

Atropelamentos de animais silvestres próximo a parque estadual preocupam autoridades
Casos de atropelamentos preocupam autoridades em Boa Esperança. — Foto: Reprodução EPTV

Os atropelamentos de animais silvestres na Rodovia MGC-369, que fica próximo ao Parque Estadual da Serra da Boa Esperança, têm preocupado ambientalistas e autoridades. Neste ano, vários animais já foram encontrados mortos na pista. Órgãos ambientais pedem melhorias na sinalização dos trechos próximos à entrada e à saída do parque.

Vídeo: Atropelamentos de animais preocupam no Parque Estadual Serra da Boa Esperança.

No parque, são 5.863 hectares de área de proteção ambiental com espécies da fauna e da flora de dois biomas brasileiros: cerrado e mata atlântica, o que multiplica a diversidade de animais que vivem ali.

“Aqui são encontram diversos exemplares, como a onça parda, jaguatirica, o lobo-guará, tamanduá-bandeira são bem frequentes e avistados aqui”, disse o gerente do Instituto Estadual de Florestas, Alan Vilhena.

Atropelamentos de animais silvestres próximo a parque estadual preocupam autoridades em Boa Esperança. — Foto: Fábio Freire Diniz

Só neste ano, já foram encontradas mortas espécies como jaguatirica, jaguarundi, tatu, jibóia, cachorro do mato, todos vítimas da estrada, além do mão-pelada, uma espécie de guaxinim sulamericano e um lobo-guará, animal ameaçado de extinção.

“É uma rodovia importante, com fluxo intenso de veículos. Há a necessidade de uma estrutura de contenção desses animais que impeça deles atingirem a pista e ocorrer os atropelamentos”, disse o sargento da Polícia Militar Rodoviária, Elisson Mendonça.

Uma solicitação pedindo melhorias na sinalização de entrada e saída do parque foi feita em 2012, junto ao Departamento de Edificações de Estradas e Rodagem, o DEER. Até hoje, nada foi feito.

Muitos dos atropelamentos de animais silvestres não são sequer registrados. Quando não causam dano ao veículo, o motorista abre mão do boletim de ocorrência e os animais ficam esquecidos à beira da estrada.

“Você tem um curso d´água com a vegetação de certa forma exuberante, bem paralela à estrada. Então os animais vão trafegando por aquele local e inevitavelmente vão adentrar a área da estrada. Acho que uma questão que talvez ajudaria já seria a redução da velocidade, você utilizar alguns mecanismos como radares e quebra-molas que poderiam obrigar que o motorista diminuísse a velocidade”, disse o biólogo Fábio Freire Diniz.

Fonte: G1

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