Aumenta número de animais abandonados nessa época do ano, em Venâncio Aires, RS

Aumenta número de animais abandonados nessa época do ano, em Venâncio Aires, RS
Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do Mate

Se por um lado o fim do ano faz muitas pessoas ‘alimentarem’ a solidariedade, por outro integrantes da ONG Amigo Bicho se deparam com o aumento no número de animais abandonados, tanto no centro quanto nos bairros de Venâncio Aires. Em razão disso, o trabalho da entidade torna-se mais intenso.

De acordo com a presidente da Amigo Bicho, Nais Elisete de Andrade, os abandonos são comuns ao longo do ano, quando pelo menos é registrado um por dia. No entanto, esse número muda principalmente nos últimos três meses do ano, quando, como consequência do número de abandonos, também se registram com mais frequência atropelamentos de cães e gatos.

Nais explica que a quantidade de cães e gatos perdidos aumenta especialmente em função dos fogos de artifício, pois como o barulho é muito alto e prejudica a audição dos animais, muitos deles, com medo, fogem e, ao fazerem isso, às vezes não encontram o caminho de volta para casa. Nesses casos, é mais comum ocorrer com cães mais velhos ou filhotes, os quais exigem uma atenção diferenciada.

Abandonos nessa época do ano também costumam ocorrer por se tratar de um período em que muitas pessoas estão de férias e aproveitam para viajar. Sem local para deixar os animais, acabam por abandoná-los. ‘Mas vale destacar que os foguetes ainda são os que mais fazem os cães se perderem e ficarem abandonados nas ruas’, comenta.

TRABALHO INTENSO

A presidente da ONG destaca que, diante disso, torna-se importante as pessoas maneirarem no uso dos fogos de artifício, além de manterem os animais em locais fechados, sem que possam ir para a rua. ‘Daria para deixar os animais dentro de casa com a televisão ligada para amenizar o barulho. É importante as pessoas se conscientizarem, porque isso tudo aumenta o número de abandonos e ainda os animais sofrem’, diz.

Nais observa que no interior não é tão comum ver cães sem moradia, porque, nessa área, muitas pessoas ainda têm o costume de amarrarem os animais com o intuito de que cuidem da casa e do galpão, por exemplo, diferente do que ocorre na área central.

Essa realidade de animais abandonados no fim do ano faz com que a ONG seja bastante procurada pela população. Nesses casos, Nais ressalta que quando os mesmos fogem em virtude dos fogos de artifício, os tutores entram em contato com a entidade para que a mesma ajude na procura. ‘Nós buscamos ajudar e, principalmente, fazemos publicações na nossa página no Facebook’.

Além disso, em alguns casos, ocorre das pessoas procurarem a ONG para avisar que encontraram um animal abandonado. ‘Há pessoas enviam fotos de seus cães desaparecidos, outras enviam fotos de animais que apareceram. Nosso trabalho aumenta muito’, complementa.

Por Kethlin Meurer

Fonte: Folha do Mate

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