Bahia registra 33 encalhes de baleias em 2017; saiba o que fazer se encontrar animal preso em praia

Bahia registra 33 encalhes de baleias em 2017; saiba o que fazer se encontrar animal preso em praia
Carcaça de baleia encalhada em Trancoso (Foto: Uemisson Dos Anjos Ferreira/Arquivo pessoal)

O Instituto Baleia Jubarte divulgou nesta segunda-feira (11) que foi registrado em 2017, até o momento, o encalhe de 33 baleias na costa da Bahia. O estado é o que tem o maior número de encalhes reportados em todo o país.

Segundo o Instituto Baleia Jubarte, os animais encalham por estarem fracos ou desorientados devido a doenças, ferimentos por colisão com embarcações ou emalhe em redes de pesca. A poluição nos oceanos também pode afetar a saúde dos animais. Ainda segundo a entidade, filhotes que se perdem das mães não conseguem se alimentar sozinhos e podem encalhar.

Entre os meses de julho e outubro, o número de baleias na costa baiana normalmente aumenta, especialmente no litoral do sul do estado, que é o destino de centenas de baleias jubarte que vêm da Antártica para acasalar e dar à luz aos filhotes nas águas mornas do litoral baiano. Com o acréscimo na quantidade de animais na costa, consequentemente o número de encalhes também aumenta.

O G1 listou os cuidados que se deve ter ao avistar um animal encalhado:

  • Acione imediatamente o Instituto Baleia Jubarte, através dos telefones (73) 3297-1340 e (73) 9 8802-1874, no sul da bahia; e (71) 3676-1463 e (71) 9 8154-2131, em Salvador, Litoral Norte e RMS;
  • Isole a área e mantenha pessoas e animais afastados;
  • Tire fotografias do animal para ajudar a identificar a espécie;
  • Coloque panos molhados sobre o animal e providencie sombra para evitar queimaduras do sol;
  • Mantenha o animal molhado;
  • Nunca jogue água no orifício respiratório;
  • Nunca tente arrastar o animal pela cauda.

Susto

Um catamarã que saiu de Morro de São Paulo, destino turístico na Bahia, e seguia para Salvador, bateu em uma baleia na região da praia de Cacha-Pregos, na Ilha de Itaparica, na manhã desta segunda. Vinte e nove pessoas, sendo 26 passageiros e 3 tripulantes, estavam na embarcação Farol do Morro, que saiu de Morro às 9h e deveria chegar ao Terminal Náutico da Bahia, na capital, às 11h, mas só atracou por volta das 13h.

A situação assustou passageiros, que colocaram coletes após o tombo do animal na embarcação. Não houve feridos. “A baleia bateu duas vezes no barco, distribuíram os coletes. Ficamos todos em choque. Os marinheiros nos ajudaram. Eles nos acalmaram e tentaram não mostrar pânico. Tinha colete pra todo mundo. Foi Deus e os marinheiros”, disse Lidiane Veríssimo, turista do Ceará que estava no catamarã.

A Capitania dos Portos confirmou o incidente e disse que encaminhou para o local um navio e outras duas embarcações, que escoltaram o catamarã. A Capitania informou, ainda, que vai instaurar um inquérito para apurar as causas do ocorrido.

Com batida em baleia, casco rachou e muita água invadiu o barco (Foto: Ronaldo Ramos/Arquivo pessoal)
Com batida em baleia, casco rachou e muita água invadiu o barco (Foto: Ronaldo Ramos/Arquivo pessoal)

Por meio de nota, a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), responsável pela operação da travessia entre Salvador e Morro de São Paulo, disse que, assim que houve o incidente, o comandante da catamarã acionou uma embarcação reserva para acompanhar, por medida de segurança, o trajeto do catamarã até Salvador.

A bióloga do Luena Fernandes, do Instituto Baleia Jubarte, destaca que também é preciso ter cuidado com as embarcações nesse período de reprodução das baleias.
“A gente recomenda que os mestres de embarcação, de turismo, comercial, de lazer, tenham esse cuidado redobrado. É importante ter sempre alguém de vigia, importante observar a rota da embarcação e, ao avistar alguma baleia, diminuir a velocidade ou desviar a rota”, afirma.

Fonte: G1

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