Baleia jubarte morta encalha na praia em Caraguatatuba, SP
Uma baleia jubarte morta encalhou na praia do Aruã, em Caraguatatuba (SP). A carcaça do animal foi encontrada boiando no mar no último dia 8 e tinha sido ancorada em uma ilha, distante da costa, mas se soltou e foi encontrada na manhã desta quinta-feira (26) por banhistas. Um trator da prefeitura foi usado para retirar o animal da água e ele será enterrado na areia.
As informações são do Instituto Argonauta, que coordena a logística para retirada da carcaça do local. O animal era um macho adulto e tem aproximadamente 13 metros de comprimento. A estimativa é que a baleia tenha morrido há cerca de um mês, por causas naturais.
De acordo com o oceanógrafo Hugo Gallo, do instituto, logo após a baleia morta ser encontrada no último dia 8, ela foi ancorada na baía do Mar Virado, entre Ubatuba e Caraguá, fora da rota de embarcações e onde o mau cheiro da decomposição não incomodasse os banhistas.
Nesta quarta (25), o oceanógrafo informou que técnicos do instituto repararam que os dois cabos que mantinham o animal ancorado longe da costa estavam rompidos. Eles não sabem a causa da ruptura.
Na manhã desta quinta-feira, frequentadores da praia encontraram a baleia morta próxima à faixa de areia e acionaram o instituto. Não há previsão para conclusão do trabalho.
Baleias
Segundo Gallo, é comum o aparecimento de jubartes no litoral norte de São Paulo nesta época do ano, por causa do processo migratório da espécie. Elas deixam as águas frias do sul do continente com destino a região de Abrolhos, na Bahia, para o período de reprodução.
Durante esse movimento, elas precisam buscar comida perto da costa e muitas vezes ficam encalhadas ou então são feridas por embarcações.
“Tem tido muita mortalidade de jubarte nos últimos dois anos. Nesse caso vamos fazer necrópsia, aproveitar que tivemos tempo para examinar o animal e procurar a causa, então não é possível afirmar o que a matou. Mas existem pesquisas em aquários nos Estados Unidos que relacionam esse aumento de mortes à falta de comida no habitat dela, o que faz com que precisem procurar em outros locais”, explicou o especialista.
