Biólogo alerta banhistas sobre animais mortos nas praias em Aracaju, SE

Banhistas sergipanos encontraram mais uma tartarugada Oliva morta, na praia de Aruana, em Aracaju, neste fim de semana. Desta vez, o fato ocorreu na praia de Aruana, no último sábado, 14, e atraiu curiosos. No dia anterior [sexta-feira, 13] uma tartaruga da mesma espécie foi encontrada morta a 5km da Praia da Atalaia. Ambas estavam em decomposição. O biólogo e coordenador de núcleo da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) Bruno Almeida, alerta a população sobre esses incidentes, pois o contato com o animal pode ser prejudicial.

“É importante que em qualquer situação, ao encontrar um animal na praia, esteja ele morto ou debilitado, evite-se o contato. Se a pessoa não tiver base técnica, esse contato pode ser prejudicial para ambas as partes”, revela.
Programa de Monitoramento de Praia
O biólogo orienta que, caso um banhista encontre um animal nessas condições, entre em contato com o Programa de Monitoramento de Praia através telefone 08000 793434. De acordo com ele, o programa que analisa impactos ambientais é exigido pelo licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama.
Principais fatores da morte de tartarugas
Quando chega o final do ano, um balanço é feito para analisar as principais causas de morte dos animais. As do ano de 2016 ainda está em preparação. Porém, o biólogo informa que, com os dados dos outros balanços é posssível perceber que a principal causa de morte das tartarugas são as interações com a pesca. “As tartarugas ficam presas nas redes das embarcações e isso provoca o afogamento dos animais”, explica.
Outro motivo mais raro, mas que também pode levar à morte das espécies são as infecções parasitárias. O laudo da morte da tartaruga que morreu nesse último sábado deve sair em 10 dias.
Por Jéssica França