Brasil tem grupo de resgate de animais em desastre; conheça o GRAD

Uma tragédia como a ocorrida recentemente em Petrópolis é medida pelas vidas humanas perdidas, mas seu impacto afeta também a vida de nossos melhores amigos: os animais são vítimas recorrentes de tais acontecimentos, e após as enchentes e os deslizamentos causados pela chuva na cidade da região serrana do Rio, mais de 300 animais foram resgatados, enquanto tantos mais morreram ou seguem desaparecidos. É para combater aspecto das tragédias que se dá o trabalho do GRAD, Grupo de Resgate de Animais em Desastres, um coletivo de voluntários “com experiência em resposta à fauna atingida por desastres” – que tem como missão “resgatar e assistir animais em circunstâncias de vulnerabilidade em desastres, com equipe técnica capacitada para atuar em diferentes situações”.

O grupo é formado, segundo seu site, por cerca de 60 voluntários, entre médicos veterinários, bombeiros, biólogos, oceanógrafos, analistas de Sistemas, administradores, zootecnistas, acadêmicos e auxiliares, para oferecer ajuda humanitária aos animais ameaçados ou afetados em contextos de tragédias. Atuando em diversas áreas do país, o GRAD também conta com o apoio de voluntários, médicos e órgãos locais, alinhado ao trabalho da Defesa Civil e dos Bombeiros de determinada região, bem como da Polícia Militar, Guarda Municipal e do Poder Executivo atuantes no local afetado.
“Estabelecer para a sociedade que todos os animais são seres sencientes e podem ser vítimas em desastres, necessitando de resgate rápido por equipe capacitada e receber tratamento e destinação adequada” é a visão do trabalho do GRAD, que tem como valores essenciais o respeito aos animais, a realização de um trabalho com ética e responsabilidade dentro das legislações, e em colaboração para que “os animais resgatados sejam reinseridos à comunidade que vivem ou realojados próximos aos seus tutores ou responsáveis”, diz o texto, no site da ONG.
O GRAD foi criado em 2011, lamentavelmente também após uma série de chuvas que arrasou a região serrana do Rio, atuando nas inundações e deslizamentos ocorridas principalmente em Nova Friburgo, naquele ano. Desde então, o grupo trabalhou em emergências como o rompimento das barragens de Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019, assim como incêndios florestais no Pantanal em 2020, e em diversos outras situações de catástrofe que assolaram o Brasil desde então – como as enchentes de Petropólis, também na Região Serrana do estado do Rio, onde, 11 anos depois, o cenário parece ser ainda pior.
Por Vitor Paiva
Fonte: Hypeness