Cabeleireiro preso por zoofilia realizava encontros para sexo com seus animais, diz Polícia Civil

Cabeleireiro preso por zoofilia realizava encontros para sexo com seus animais, diz Polícia Civil
Fotos: Jean Guilherme / Jornal Primeira Página

A Polícia Civil, por intermédio da DDM (Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher), realizou no final da manhã desta quinta-feira (28) e início da tarde, a apreensão de diversos cães, como também dois cavalos e alguns porcos, que estariam sobre a guarda do cabeleireiro de 59 anos, preso preventivamente na última quarta-feira (27), sobre acusação de pedofilia e zoofilia, na região central de São Carlos (SP).

Toda a ação desencadeada teve o total apoio do Departamento de Defesa Animal da Prefeitura Municipal de São Carlos (SP), acompanhada pelo advogado Eduardo Ribeiro Neto, membro da Comissão de Direito Animal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que foi acionado pela Vereadora Professora Neusa Valentina Golineli (Cidadania), onde na chegada dos fiscais e agentes da instituição junto à residência do cabeleireiro, localizada em um cruzamento de vias no centro da cidade, as equipes ingressaram para dentro da moradia e constataram as condições de maus-tratos, sendo então apreendidos quatro cães, um de porte pequeno, dois de porte médio para grande e um de porte grande, que foram na sequência encaminhados para o Canil Municipal, sendo submetidos a atendimentos médicos veterinários necessários, diagnósticos a fim de constatar qualquer tipo de abuso sexual, e os que ainda não forem, passarão pelo procedimento de castração.

Segundo as informações obtidas junto ao Departamento de Defesa Animal, um processo administrativo também será aberto, visando o cumprimento da Lei Municipal Nº 18.059 de 2016, diante dos maus-tratos contra animais.

De acordo com a Delegada de Polícia, Beatriz Mendes Pereira Lopes, as investigações apontaram que o cabeleireiro acusado de zoofilia, realizava diversos encontros com terceiros para a prática de sexo com seus animais de estimação, inclusive produzia fotos e vídeos que comprovam o mesmo abusando sexualmente dos animais, e posterior fazia o compartilhamento de tais conteúdos via aplicativos de troca de mensagens como o WhatsApp e Telegram. Ainda de acordo com a autoridade de polícia, em diligências anteriores já haviam sido apreendidos um aparelho de telefonia celular e também um computador do indiciado, que encaminhados para o IC (Instituto de Criminalística), acabaram sendo encontradas provas diversas e fartas, indicando o seu envolvimento com os crimes de zoofilia e pedofilia.

Sendo assim, o caso foi representado junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo, onde o Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de São Carlos (SP), Antônio Benedito Morello, determinou pela expedição de um mandado de prisão preventiva contra o acusado.

No momento do cumprimento da ordem judicial e detenção do cabeleireiro, segundo a Polícia Civil, o acusado depois de ter sido embarcado na viatura, durante o trajeto até a sede da DDM (Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher), acabou danificando um aparelho de telefonia celular de sua propriedade, que a princípio nem seria apreendido pelo policiamento judiciário, onde diante do ato, o equipamento foi então encaminhado ao IC (Instituto de Criminalística), para um trabalho pericial no setor de comunicações, a fim de coletar mais provas, que poderão acarretar na abertura de um novo inquérito investigativo contra o indiciado.

Após a apreensão dos cachorros que estariam sobre a guarda do indivíduo na região central da cidade, os policiais civis e agentes do Departamento de Defesa Animal, se deslocaram até uma chácara de propriedade do cabeleireiro nas dependências da Represa do 29, onde também foram apreendidos mais de 20 cães, cavalos e porcos, todos em situação de maus-tratos.

O cabeleireiro se encontra recolhido à disposição da Justiça Criminal, em uma cela separada do Centro de Triagem de São Carlos (SP).

Por Jean Guilherme

Fonte: Primeira Página

Os comentários abaixo não expressam a opinião da ONG Olhar Animal e são de responsabilidade exclusiva dos respectivos autores.