Cachorra com sinais de estupro é resgatada por ativista e guardas civis no interior de SP
Uma cachorra com sinais de violência sexual foi resgatada por uma ativista das causas animais e pela Guarda Municipal (GM) de Cabreúva (SP) na noite desta quinta-feira (18). O animal estava com ferimentos na região genital e precisou passar por uma vulvoplastia.
A denúncia foi feita por uma moradora do bairro Bananal à ativista Sheila Rodrigues, que acionou a GM, uma veterinária voluntária e o Centro de Reabilitação e Adoção de Cães e Gatos (CREADOCA).
De acordo com Sheila, o resgate foi feito na estrada dos Romeiros por volta das 20h. O animal não tem dono e, segundo moradores, ficava perambulando por uma área onde há diversas chácaras.
A Guarda Municipal de Cabreúva foi acionada e confirmou o atendimento do caso. Em nota, afirmou que um boletim de ocorrência será registrado na Polícia Civil, nesta segunda-feira (22), já que não houve flagrante.
Segundo a ativista, após o encontro, a cadela foi levada ao centro cirúrgico de uma clínica veterinária, onde passou por uma vulvoplastia. O procedimento, que reconstrói a região da genitália do animal, durou cerca de quatro horas.
Segundo a veterinária Tamyres Novack, a cachorra estava muito ferida e estaria sendo violentada há um tempo porque os ferimentos já estavam inflamados.
“Para se ter ideia, ela não tinha mais o canal por onde sai a urina. Por isso, a bexiga dela estava quase estourando. Ela estava com muita dor”, conta.
Abuso
Segundo a ativista, quando a moradora fez o primeiro contato sobre o abuso, a hipótese era de que poderiam ter violentado a cadela com um pedaço de madeira ou algum objeto. Porém, a ideia é descartada pela veterinária.
“Pode ser que o ferimento tenha sido por algum objeto, mas eu ainda acredito que o estupro tenha sido causado pelo órgão sexual de um homem adulto”, diz a profissional.
Tamyres diz ainda que a cadela está reagindo bem ao pós-operatório, apesar de estar com uma sonda que a acompanhará por mais dois meses.
O animal já foi adotado por um dentista da cidade e aguarda alta médica para ir ao novo lar.
Por Matheus Fazolin, G1 Sorocaba e Jundiaí
Fonte: G1