Cachorrinha jogada no lixo morre em Coatzacoalcos, México
Encontrada uma cachorrinha Chihuahua, amarrada em um saco plástico, sem conseguir respirar, em um depósito de lixo no bairro Constituyentes, em Coatzacoalcos, no estado de Veracruz. A cachorrinha foi resgatada viva, embora tivesse vários ferimentos.
Foi na manhã do dia 22 de março, quando uma vizinha que veio jogar seu lixo no contêiner localizado na rua Águila Real, na esquina da Jazmines, percebeu a presença do animalzinho.
A cachorrinha de cor de café estava em um pacote de ração, entre todos os resíduos que a cercavam; talvez seu dono pensou ela não tinha mais esperança de viver e a descartou sem se importar que se tratava de um ser vivo.
Foi assim que a vizinha de identidade reservada resolveu retirá-la do lixo, antes que o caminhão de coleta passasse e ela tivesse um desfecho triste.
Seu olhar refletia cansaço e medo de ser ferida ainda mais. Por sorte, a vizinha que salvou a vida da cachorrinha notificou um repórter da cidade, que, sem pensar, decidiu levá-la à Asociación Mexicana por los Derechos de los Animales (AMEDEA), representada por Miriam Hernández, onde tentaram salvá-la.
“Lá eles a jogaram sem mais delongas. A senhora que viu pensou que era um gatinho, mas quando ela abriu o saco, viu que era essa cachorrinha. Felizmente, ela nos avisou e conseguimos resgatá-la e vamos leva-la ao veterinário. Mas que horrível as pessoas que fazem isso, e vamos tentar salvar a vida dessa pequenina”, disse o jornalista Sendic Aguirre durante uma transmissão ao mostrar a imagem do animal em sua unidade móvel.
Miriam Hernández, gerente da AMEDEA em Coatzacoalcos, relatou que levou a cachorrinha a um veterinário, onde seu estado de saúde não foi divulgado.
“Ela está desidratada, veio toda suja e com diarreia, mas já foi medicada. O prognóstico é muito reservado”, disse.
Casos de maus-tratos de animais continuam no Sul
No sul de Veracruz, o Ministério Público acumulou 15 denúncias de maus-tratos de animais nos últimos meses, número mínimo, se comparado ao número de casos expostos apenas nas redes sociais ou atendidos por associações civis em diferentes municípios.
Em fevereiro passado, um cachorro de raça crioula foi castrado por um desconhecido no município de Las Choapas, sem nenhuma prisão.
No dia 1º de março, pelo menos seis cachorros e três gatos foram envenenados na subdivisão Punta Caracol de Coatzacoalcos, sem se saber quem foram os responsáveis.
No primeiro dia de março, três animais morreram, e nos dias seguintes continuaram a aparecer mais gatos sem vida.
No dia 3 de março, no município de Agua Dulce, uma gatinha foi vítima de violência sexual, sua dona denunciou o crime nas redes sociais. Após a realização de exames clínicos com um veterinário, constatou-se que a felina chamada “Verite” foi agredida sexualmente por um ser humano.
O artigo 71 da Lei Estadual de Proteção Animal indica que os autores desses crimes podem receber multas de 10 a 5.000 salários mínimos, além de prisão administrativa, sem excluí-los das penas civis.
Por Fluvio Cesar Martínez / Tradução de Thaís Perin Gasparindo
Fonte: e-consulta