Cachorro é resgatado queimado e amarrado dentro de saco plástico em Ribeirão Preto, SP

Um cachorro foi resgatado queimado e amarrado dentro de um saco no bairro Ipiranga, em Ribeirão Preto (SP), na tarde desta quinta-feira (19). O cão foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado à Coordenadoria de Bem Estar Animal (Cbea), onde está sendo tratado e não corre risco de morrer.
VÍDEO: Cachorro foi amarrado e abandonado dentro de saco plástico em Ribeirão Preto
Nenhum suspeito do crime foi identificado e a Polícia Civil informou que não há boletim de ocorrência registrado sobre o caso.
Coordenadora do Cbea, a veterinária Carolina Vilela contou que o animal é macho e tem cerca de oito meses. O resgate cachorro foi gravado em vídeo por moradores, que acionaram o Corpo de Bombeiros, após flagrarem um movimento dentro do saco embaixo de um carro.
As imagens mostram dois bombeiros cortando o saco com uma tesoura. O animal estava com as patas presas com sacolas plásticas e um tecido amarrado ao pescoço. Uma pata traseira, outra dianteira e parte do corpo estavam queimadas, com ferimentos graves.

“Ele sofreu maus-tratos, estava amarrado dentro de um saco, foi queimado, torturado”, disse Carolina. “Foi muita crueldade. O pelo está queimado, é muito triste. Os membros estão em carne viva. Colocaram fogo nele e deixaram dentro do saco para morrer”, completou.
Carolina afirmou que o cachorro está sendo tratado com medicamentos para dor e para cicatrizar as feridas. O animal permanece em observação e se alimenta normalmente. Segundo a veterinária, o cão só deve ser disponibilizado para adoção em cerca de seis meses.
“A gente vai curar todas essas lesões, essas feridas, vamos esperar cicatrizar e depois castrar, vermifugar, colocar microchip e disponibilizar para adoção. Vai demorar um tempinho ainda. Ele vai ficar bem, porque é guerreiro. O olhar dele diz tudo”, afirmou.
A equipe do Cbea deve se reunir com o Corpo de Bombeiros, que realizou os primeiros socorros ao animal, para depois apresentar uma denúncia ao Ministério Público e à Polícia Civil, na tentativa de identificar o agressor, que pode responder por crime de maus-tratos.

Por Adriano Oliveira
Fonte: G1