Cachorro traumatizado e abusado não para de abraçar as pessoas que o resgataram

Cachorro traumatizado e abusado não para de abraçar as pessoas que o resgataram
Após o resgate, o cachorro dificilmente se levantava, e no colo dos voluntários se agarrava muito firmemente (Foto: Furever Bully Love Rescue)

Natalie Olivieri já resgatou animais suficientes para saber imediatamente que Harper, um cachorrinho de apenas 1 anos, passou por muito abuso e trauma. A mulher é vice-presidente do Furever Bully Love Rescue, um grupo de resgate baseado em Orlando. Ela encontrou Harper em um grande campo, comumente chamado de “The Redlands”, um lugar conhecido por ter uma alta população de cachorros abandonados.

“O lugar é praticamente uma lixeira de cães”, disse Natalie ao The Dodo. “As pessoas simplesmente os deixam lá”. Outra organização chamada Redland Rock Pit Abandoned Dog Project visita as Redlands todos os dias para alimentar os cães desabrigados de lá.

Os grupos ajudam a alimentar, cuidar e resgatar os cães (Foto: Furever Bully Love Rescue)
Os grupos ajudam a alimentar, cuidar e resgatar os cães (Foto: Furever Bully Love Rescue)

De acordo com Jessie Pena, vice-presidente do grupo, precisam de cerca de 350 quilos de ração para alimentar aproximadamente 100 cães que vivem ali. No entanto, há mais cães do que podem ajudar. “Há milhares de cães lá. Nós cobrimos apenas uma pequena área. A Redland é enorme”, disse Pena.

Neste fevereiro, o Furever Bully Love Rescue se uniu ao Redland Rock Pit para levantar dinheiro para a comida dos cães. Além disso, criaram a parceria para resgatar alguns dos cachorros da área. Natalie conta que essa foi uma experiência que ela nunca vai esquecer. Quando os voluntários do Redland Rock Pit começaram a colocar comida, os cães começaram a aparecer.

O local abriga centenas de cachorros abandonados (Foto: Furever Bully Love Rescue)
O local abriga centenas de cachorros abandonados (Foto: Furever Bully Love Rescue)

Cachorrinho traumatizado

Foi neste momento que os socorristas avistaram Harper, um cachorro de um ano de idade. Os voluntários já a haviam visto antes, em visitas anteriores ao Redlands. Eles acreditavam que ela vivia no campo há cerca de quatro ou cinco meses.

“Harper apareceu com cerca de cinco outros cães”, disse Natalie. “Assim que Harper se aproximou de nós e nos conhecemos, ela simplesmente caiu completamente no chão com medo”. Além de claramente ter medo de pessoas, a mulher notou que Harper tinha cicatrizes na cabeça e nas costas.

Ela tinha certeza que o cachorrinho sofreu abusos e negligências. “Não havia como deixá-la lá”, contou Natalie.

Assim, os socorristas conseguiram colocar uma coleira no pescoço de Harper, mas quando eles tentaram levá-la de volta para o caminhão, ela se recusou a se mover. Natalie conta que tiveram que pegar o cachorro no colo. “Nem sequer a colocamos em uma caixa de transporte, a colocamos um cobertor no chão”.

Quando Natalie e os outros voluntários chegaram em Orlando, eles levaram Harper (e dois outros cães das Redlands) ao veterinário para um check-up. Lá, Harper recebeu tratado para anemia, vermes e uma infecção dental. No entanto, os problemas de medo de Harper levariam muito mais tempo para sarar.

Feridas emocionais De acordo com Natalie, durante três dias o cachorrinho se recusava a se levantar. Além disso, quando alguém pegava Harper no colo, ela se agarrava como se sua vida dependesse disso. “Eu nunca tinha tido um cão agarrado tão firmemente a mim”, disse Jennifer Adorno, a presidente do Furever Bully Love Rescue. “Pode ser uma coisa de conforto, ou pode ser que ela esteja se segurando para não cair”, disse Natalie. “É difícil dizer com cães maltratados dessa maneira”.

O Furever Bully Love não tem um abrigo físico, dessa forma, Harper foi direto para um lar adotivo temporário, com uma mulher chamada Cheryl Kessler. Em apenas algumas semanas, a tutora já está vendo uma enorme mudança no cachorrinho. “Ela deixa seu caixote e corre ao redor do quintal”, disse Cheryl ao The Dodo. “Ela está cavando no quintal, e sendo apenas um cão muito normal e típico. Eu adoro vê-la sair de sua casca”, contou.

Por Evelyn Assis

Fonte: Tribuna de Jundiaí

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