Cadela com paralisia abandonada em SP e adotada por protetora morre de cinomose

Cadela com paralisia abandonada em SP e adotada por protetora morre de cinomose
Cadela Frida, resgata de rua sem movimentos nas pernas, morre em Ribeirão Preto. — Foto: Chico Escolano/EPTV

A cadela Frida, abandonada em uma rua de Jardinópolis (SP) e adotada pela protetora de animais Regina Maria da Silva, em Ribeirão Preto (SP), morreu na noite de domingo (8). A causa da morte foi uma cinomose contraída pelo cão.

Grave e muitas vezes letal, a cinomose é causada pelo vírus da família Paramyxovirus. Os principais fatores de contaminação são a falta de vacinação dos filhotes, como o caso de Frida, que não tinha nem um ano de vida, e a desatualização das vacinas dos cães adultos.

Um boletim de ocorrência contra o primeiro tutor de Frida foi registrado em 28 de outubro, uma semana depois do abandono em Jardinópolis. O caso é investigado como maus-tratos pela delegacia do município.

“É gravíssimo o que ele fez, ainda mais com o animal que estava na condição dela. Ele não vacinou esse animal. Ele tinha um animal e no menor problema que ela teve ele já descartou”, diz Regina.

Regina adotou Frida após cadela ser abandonada em Jardinópolis. — Foto: Chico Escolano/EPTV

O encontro
 
Frida chegou à casa de Regina no dia 21 de outubro. A cadela foi abandonada no bairro São Marcos e foi pega por uma mulher.

Ao tomar conhecimento do caso e se sensibilizar com a história, Regina entrou em contato com a mulher, buscou a cachorra, que não conseguia movimentar as patas traseiras, e a levou para a casa, onde funciona um abrigo de animais em Ribeirão Preto.

Segundo a protetora, os veterinários que atenderam Frida disseram que a cadela até respondia a estímulos na região em que sofreu lesões, provocadas, provavelmente, por um atropelamento, e poderia voltar a andar.

Cadela Frida, de Ribeirão Preto, teve cinomose e morreu. — Foto: Chico Escolano/EPTV

Diagnóstico
 
No entanto, em 29 de outubro, após crises seguidas de convulsão, Frida foi internada em uma clínica veterinária, onde a cinomose foi descoberta em um estado já avançado, que afetou o sistema neurológico da cachorra.

Por ter outros animais em casa, Regina não ia à clínica para evitar chances de infecções do vírus nos bichos e se informava sobre Frida por meio de boletins diários.

“Uma das notícias é que ela tinha piorado muito e a notícia no fim do dia foi que ela foi parando de respirar, foi para o oxigênio, mas não teve reversão”, conta.

Na casa de Regina, Frida conviveu com outros três cães com deficiência física e, também, com outros animais que fazem parte do abrigo da cuidadora.

Regina aguarda, agora, um período de 15 dias para saber se os bichos foram infectados ou não pelo vírus enquanto tiveram contato com Frida. Ela afirma que toda a casa foi desinfetada após o descobrimento da cinomose na cadela.

Umay, Ohana, Kollin e Frida: cães paraplégicos adotados por Regina em Ribeirão Preto (SP) — Foto: EPTV e Arquivo Pessoal

Por Vinícius Alves

Fonte: G1

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